segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Guia da Segunda Divisão Paulista 2013 - Fernandópolis


O tão esperado Conselho Arbitral, que definirá quais times integrarão o maior campeonato do Brasil, já tem data definida; 31/01/2013. Até lá, muita coisa pode acontecer, mas em alguns casos, a participação de determinadas equipes é certa, e esse é o caso do Fernandópolis, tradicional agremiação das Divisões de acesso do estado.


Nome: Fernandópolis Futebol Clube

Fundação: 15/11/1961

Estádio: Cláudio Rodante (capacidade para 14,560 espectadores)

Cidade: Fernandópolis (população de 64,696 habitantes)

Títulos: Segunda Divisão (79 e 94) e sub-20 da Segunda Divisão (94)


Ao nos indagarem sobre o que nos permite afirmar que a participação do Fefecê é praticamente certa, respondemos que; 1º - Está na 4ª Divisão desde 98, alternando boas e más campanhas, mas mais importante que isso, sinceramente não nos lembramos da última vez que o clube se licenciou e 2º, preparação da equipe começou já no ano passado.
A Segunda Divisão de 2012 foi um tanto quanto traumática para o torcedor, que viu sua equipe ficar à 2 pontos do acesso (o time logo a frente, o Novorizontino, terminou com 9). Além disso, viram o acesso e o título de seu maior rival, o Votuporanguense. Ainda que a derrota na última para o CAV tenha sido doída, acreditamos que o revés sofrido em casa ante o Novorizontino foi muito mais pesado, pois foi nessa partida que o sonho do acesso ruiu de fato.

Foi difícil pra torcida, é verdade, mas a edição do ano passado evidenciou o crescimento do time nos últimos anos, em uma espécie de “escadinha”. Em 2010, o clube ficou na 2ª fase, chegando na 3ª em 2011 e por fim, batendo na trave ano passado. Se o crescimento for mantido, o acesso estará bem encaminhado.

O Fernandópolis, por ser uma das mais tradicionais equipes do interior, não tem problemas em trazer a torcida pra dentro do Cláudio Rodante, frequentemente apresentando uma média superior à 1000 torcedores, como ano passado, por exemplo, uma média superior à de algumas equipes das Divisões Nacionais (A, B, C e D), contudo, com uma cidade de quase 65 mil habitantes, é possível se fazer mais. Pensando nisso, a diretoria lançou um programa de sócio-torcedor, o “Sou FFC” (achamos que é pra ser lido como “Fefecê”, mas por quê não colocar assim desde o começo? É um apelido simpático, e mais importante, único), com uma série de facilidades para se acompanhar os jogos em casa. Afirma-se que mais passos nessa direção (angariar torcedores) serão dados, mas ainda não temos dados completos.

Para manter o ritmo ascendente, a equipe já começou a se preparar, e muito já está encaminhado. A diretoria acertou com o experiente técnico Pinho, que ano passado comandou o José Bonifácio, outro que por muito pouco não conseguiu o acesso. Para comandar o time dentro de campo, o Fefecê foi buscar um ídolo recente, o atacante Rudimar, que carrega o apodo de “Rudigol”. Ainda sobre reforços, vindos do José Bonifácio, provavelmente à pedidos do treinador, vemos o zagueiro Babi e o volante Dodo.

Ano passado, o Fernandópolis não participou do sub-20 da Segunda Divisão, disputando apenas torneios de base para atletas ainda mais novos, o que não quer dizer que jogadores da base do clube não serão aproveitados, já que disputou, ainda que sem muito brilho, a edição de 2011, onde chegou na 2ª fase. O sub-17, competição da categoria de base mais próxima, não foi muito boa, com o clube sendo eliminado na 1ª fase, mas só dizemos isso à título “digno de nota”, por quê ainda há muito tempo para corrigir erros, ou pra recomeçar de vez.


Colocando em miúdos, o Fernandópolis anda fazendo uma campanha melhor que a outra nos últimos 3 anos, conta com o apoio da torcida, e está se preparando desde o começo do ano, e ao nosso ver, o time vêm pra essa edição com mais força do que em 2012, o que nos faz crer que tudo isso credencia o Fefecê como um dos favoritos ao acesso para a A3 2014.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Guia da Segunda Divisão Paulista 2013 - AEA



Muito se esperava do retorno da AEA, afinal, é uma das tradicionais do interior, chegando à disputar a elite. Além disso, viria com o apoio da empresa de Waldir Peres, conhecido pelo público em geral por ser goleiro da Seleção Brasileira na década de 80, e por aqueles que acompanham as divisões de acesso, como um dirigente que ainda não mostrou muito, e essa seria uma grande oportunidade para reverter essa imagem. Talvez por isso, a sensação de que as coisas poderiam ir bem era muito forte, mas as coisas não se revelaram tão doces assim.



Nome: Associação Esportiva Araçatuba

Estádio: Adhemar de Barros (capacidade para 15,000 torcedores)

Cidade: Araçatuba (183,441 moradores)

Títulos: Série A2 (73, 91 e 94)


Pelos idos dos anos 90, e no começo dos anos 2000, o Araçatuba disputou a elite do futebol paulista, sempre dando um calor danado em quem quer que visitasse o Adhemarzão. As coisas seguiam nessa toada até que a equipe repetiu o caminho de tantas outras, começando a cair pelas tabelas, mas poucas chegaram em um ponto tão baixo quanto o Canarinho, que sem sombra de dúvida atingiu o fundo do poço (ser chamado de “Íbis Paulista” não foi pouca coisa), finalmente se licenciando em 2008.

Com todo esse histórico, fica fácil compreender o por quê da expectativa em cima do time em 2012. A equipe contaria com um planejamento sério, algo que era simplesmente impensável à poucos anos, e depois do vácuo criado com o licenciamento do Atlético, que deixou a cidade sem um representante no estado, seria um belo incentivo, incentivo esse que acabou não sendo muito levado em consideração pelos investidores. A empresa de Waldir Peres saiu repentinamente, alegando diferenças com a diretoria, isso à menos de 1 mês do início do campeonato. Essa mudança comprometeu todo o ano do AEA, já que todo o aporte financeiro esperado obviamente não veio, além do fato do elenco imperiosamente ter sido montado às pressas. Com todos esses problemas, não era possível alimentar expectativas muito altas, e o desempenho na competição confirmou os palpites dos mais pessimistas. Com apenas 4 pontos conquistados em 10 partidas, frutos de 1 vitória e 1 empate, um ataque de 9 gols, e uma defesa que levou 25 tentos. A diretoria tentou reverter o mal desempenho trocando de treinador, mas a falta de qualidade era visível, e tanto Avelino de Carvalho, o treinador que começou, ou Wilson Carrasco, ninguém poderia fazer muito mais que o que foi visto. As consequências dos problemas administrativos do Araçatuba chegou ao ponto de que após a competição, jogadores e funcionários chegaram a ir na prefeitura para cobrar salários atrasados.

Era de se admirar que o Araçatuba tivesse uma média de público de 450 pessoas por jogo, provavelmente mais motivadas pela saudade do time do que empurradas pelo desempenho em campo.

Ano passado, a situação chegou ao ponto de dar um WO, na segunda partida das oitavas de final do sub-20, contra o Mauaense. A diretoria alegou “falta de estrutura”, pois haviam apenas 9 atletas disponíveis para a partida, pois 3 estavam suspensos, outros 3 contundidos, e 5 foram dispensados, por serem de fora da região. Dito tudo isso, chega a ser até surpreendente que o AEA decidisse participar da edição de 2012.

Um ponto que certamente irá gerar polêmica será a nova diretoria, mais especificamente, um membro; Ademir Welliton de Oliveira, popularmente conhecido como Bizi. O fato em cima desse cidadão que tanto gera polêmica é que ele já foi presidente do Bandeirante de Birigui, o maior rival do Araçatuba.

Um possível membro da nova diretoria pode ser também o favorito para assumir a vaga de treinador; no caso, Rogério Pinto, o popular China, que obteve sucesso na própria cidade, ao conquistar o acesso para a A3 em 2009, no comando do outro time da cidade, o (pelo menos ao que tudo indica) licenciado Atlético Araçatuba.


São várias as notícias sobre o aspecto administrativo do clube, algumas datando do meio de dezembro, contudo, nada foi falado sobre jogadores, e não se sabe se China será diretor esportivo, técnico, ou se até mesmo virá para a equipe. Ainda que sua participação seja quase certa, para mais notícias sobre o AEA, só nos resta esperar, mas pelo menos teremos que esperar pouco, pois se o clube deixar pra última hora, mais uma eliminação rápida virá por aí.

sábado, 19 de janeiro de 2013

Guia da Segunda Divisão Paulista 2013 - Grêmio Mauaense


O Grêmio Mauaense partirá para a Segunda Divisão com mudanças profundas em relação aos anos anteriores, basicamente, a parceria com o São Bernardo FC chegou ao fim, e o clube terá de caminhar com as próprias pernas, ou quase isso, mas antes do Guia em si, algumas informações;


Nome; Grêmio Esportivo Mauaense

Fundação; 15/12/1981

Estádio; Pedro Benedetti (capacidade 8,567 de torcedores)

Cidade; Mauá (417,568 habitantes)


Títulos; Série A3 (85) e Segunda Divisão (2003)


Antes de falarmos do 2013, forçosamente teremos de falar dos anos anteriores. O Grêmio, assim como a maior parte dos clubes das divisões de acesso, brigava para manter as contas em dia, ou pelo menos para negociar o pagamento, e esse cenário só se agravou com o rebaixamento para Segunda Divisão, em 2007. Logo após o descenso, uma série de parceiros largaram o projeto, pois na 4º Divisão a perspectiva de lucro não é das maiores, e a prefeitura não parecia muito disposta a apoiar o time. O clube conseguiu se manter de maneira autônoma por 3 anos, mas em 2010 a situação chegou a um ponto insustentável, e o licenciamento não era algo improvável.

Nesse ano, outro clube do ABC, o São Bernardo FC, ofereceu um projeto de parceria, em que este praticamente administraria o departamento profissional do Grêmio, que iria competir com jogadores pertencentes ao SBFC, mas que não estivessem nos planos imediatos da “matriz”. Até mesmo a comissão técnica seria do São Bernardo, o que tornava o Mauaense uma espécie de São Bernardo B, o que naquele momento, era a única alternativa para o clube de Mauá ter um time em campo. Isso por quê a situação estava tão difícil que para manter as categorias de base, o clube teve de firmar uma parceria com uma empresa, a FACAVI (Formação de Atletas com Amor, Virtude e Interação).

Nesse período, o Grêmio não brigou em momento algum pelo acesso, ainda que tenham sido feitas campanhas relativamente boas. Era comum o São Bernardo integrar um dos atletas que estavam em Mauá após, ou até mesmo durante, as competições. No campeonato do ano passado, o Grêmio fazia uma boa campanha, chegando a 3ª fase, mas a partir da 2ª fase o time sofreu um desmanche por conta da parceria, o que contribuiu para que a campanha não fosse melhor. Em paralelo à tudo isso, nas categorias de base, os resultados foram expressivos, como no Paulistas sub-20, em que por 2 anos seguidos atingiu-se a semifinal, só sendo eliminado pelos campeões daqueles anos (EC São Bernardo em 2011 e Osasco FC no ano passado). Ainda em 2012, foi decidido que a parceria entre o Mauaense e o São Bernardo não continuaria, e era pouco provável que a Locomotiva assumisse de maneira autônoma o futebol. Nesse quadro, quem ocupou esse espaço foi a outra parceira da agremiação, a FACAVI.

O primeiro passo para 2013 se deu ainda em 2012, com o sub-20 da Segunda Divisão, na campanha mencionada no parágrafo anterior. Se a base daquele time for mantida, uma boa campanha pode se concretizar, mas para almejar o acesso, o Grêmio terá que se reforçar, e superar alguns problemas, com os quais convive há alguns anos. Uma das maiores dificuldades da equipe é comum para muitas outras do campeonato; a falta de apoio da cidade. Ano passado, Grêmio teve uma média de 60 pagantes por jogo, uma das menores de toda a competição. Na avaliação dos torcedores e da diretoria, faltava divulgação, pois os mauaenses não sabiam os dias dos jogos, e até há quem não saiba que Mauá possui um time. A diretoria promete mudar esse cenário, tentando realizar alguma divulgação, como faixas em avenidas movimentadas, o que já é um começo.

Das cidades do Grande ABC que possuem times profissionais, apenas Mauá e Diadema nunca frequentaram a elite, e os torcedores do Grêmio Mauaense esperam que 2013 seja o começo da jornada até o escalão mais alto do futebol estadual.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Guia da Segunda Divisão Paulista 2013 – União Suzano




Pois muito bem, comecemos com isso o quanto antes. Estamos atrasados, é verdade, mas antes tarde do que nunca. O já tradicional Guia da Segunda Divisão Paulista já está sendo produzido, e esse ano, pretendemos falar de todas as agremiações que irão participar desse certame, que é o maior de todo o Brasil. Clubes centenários ou com menos de 20 anos, emergentes e decadentes, do litoral ou do extremo oeste, a Segunda Divisão é a competição mais abrangente do estado. Para começar, abordemos um tradicional, representando a grande Suzano, o União Suzano.





Nome; União Suzano Atlético Clube

Fundação; 25/01/1969

Estádio; Francisco Marques Figueira, o popular Suzanão (capacidade para 3,445 viv’almas)

Cidade; Suzano (262,568 moradores)


Em 2012, o União Suzano foi eliminado ainda na primeira fase, com uma campanha nem um pouco memorável, com direito à não poucas goleadas. Tentou-se melhorar o desempenho, à maneira brasileira, é claro; trocando os técnicos. O USAC começou com Edinho Poá e terminou com Carlos Gutemberg, mas não adiantou, e terminou na lanterna, com apenas 6 pontos conquistados em 10 jogos, marcando 7 gols e levando incríveis 26.  Com essa campanha, era pouco provável que a base de 2012 fosse mantida para a edição seguinte. Em relação às categorias, o desempenho no sub-20 da Segunda Divisão foi pouco melhor que o visto nos profissionais, o que não quer dizer necessariamente que tenha sido animador, pois a equipe foi eliminada ainda na 1ª fase, em penúltimo, com apenas 7 pontos conquistados em 10 partidas. As campanhas aquém do esperado permitiram (ou melhor, obrigaram) que a equipe começasse a se preparar bem cedo para o 2013.

Definitivamente, as coisas não foram lá muito boas em 2012, mas com a chegada do ano novo, as esperanças se renovam, e podemos dizer que essas esperanças possuíam algum fundamento. Para a Série B desse ano, o time do Alto Tietê fechou uma parceria com a IGG, empresa paulista de gerenciamento esportivo, e com a Vigor Brazil, ambas com um contrato de 5 anos, o que até o momento, o coloca como único clube da região com uma parceria firmada, e a parceria veio bem a calhar, já que a nova administração municipal afirmou que não apoiaria o futebol profissional, fosse o União Suzano, fosse o ECUS. O máximo que a Secretária de Esportes prometeu são as reformas no Suzanão, para que o estádio municipal esteja apto para receber jogos oficiais, o que não aconteceu em 2012, e acabou prejudicando o clube na competição, impedindo o clube de arrecadar verba com bilheteria ou publicidade (as placas que ficam nas laterais), além é claro do apoio da torcida.

As coisas mudaram de tal maneira que o União Suzano passou a ser visto como um dos times que poderiam alcançar o acesso, e muito dessa mudança veio com a turnê de pré-temporada do clube. Na Segunda Divisão, não são todos os clubes que fazem uma pré-temporada, mas uma excursão no estrangeiro definitivamente não é algo muito usual nessas paragens. Pois bem, no final de 2012, a equipe de Suzano foi para a Bolívia, mais especificamente para Santa Cruz de La Sierra. Lá, os paulistas jogaram com algumas das principais equipes do país, Blooming e Oriente Petrolero, e obteve bons resultados. O USAC terminou o tour boliviano de maneira invicta, e o resultado mais “negativo” foi um empate em 1 x 1 com o time principal do Oriente Petrolero. A equipe dirigida por Rodrigo Santana não pôde jogar com o time principal do Blooming, que à época brigava pelo time principal, mas vitórias por 3 x 1 e 5 x 2 não podem ser descartadas. No final das contas, foram 6 vitórias e 1 empate.

O destaque na excursão foi o atacante Clodoaldo, que teve passagens por Cricíuma e Corinthians, que marcou 6 gols em 7 partidas. Contudo, o atleta não ficará em Suzano, pois recebeu uma proposta do Cruzeiro de Porto Alegre, e disputará o Gaúcho da 1ª Divisão. Então, pelo menos até o momento, o volante Amarelo e o meia Emerson Paulista, destaques na excursão, terão de segurar o rojão.

Até aí, as coisas pareciam que iam bem, que o União Suzano brigaria pelo acesso, mas eventos recentes mostraram que as coisas não serão fáceis. No começo do texto, expomos que a prefeitura prometeu adequar o estádio, contudo, não foi feita muita coisa nessa direção. Tal indefinição começou a incomodar uma das parceiras, que ameaçou abandonar o projeto, o que certamente vai complicar o lado do USAC na competição. O desfecho disso só saberemos no futuro, mas é certo que muitos esperam que ele seja o melhor possível.