quarta-feira, 22 de maio de 2013

América (s)

Estava dando umas zapeadas aleatórias no youtube, procurando matar o tempo, e por quê não, ter uma epifania do que escrever pro blog. Ainda tem as outras considerações sobre a a A2, é verdade, mas ainda estava ordenando os fatos na minha cabeça (nota: esses texto estava sendo escrito à um tempo, logo, o que devia estar ordenado já está em ordem, agora é só escrever, mas não agora). Seja como for, acabei caindo naquele vídeo do torcedor do América, puto com o time. Esse é um clássico, que não acredito que alguém tenha deixado de ver. Se não viu, veja, não só pela excentricidade do rapaz, mas pelo valor cancheiro do vídeo.

Nisso, em mais zapeadas, acabei achando umas coisas interessantes, mais especificamente, documentários, todos sobre o América. Os primeiros são os dois "Unido Vencerás", que retratam os torcedores do Mecão em dois momentos bem distintos; o primeiro foi produzido quando o América foi rebaixado no Torneio Rio-São Paulo de 2002, enquanto o segundo mostra a final da Taça Guanabara de 2006, a qual o clube chegou na final.

O outro também é sobre um América, mas o de Pernambuco. É um trabalho de faculdade (muito bem feito, diga-se), e tem um caráter mais institucional, se assim podemos dizer, pois entrevista apenas figuras ligadas administrativamente ao clube, as quais falam da história, calvário, ressurgimento e perspectivas para o futuro do Campeão do Centenário.

São dois clubes da capital, que tiveram uma fase áurea, que encararam uma fase extremamente difícil, e que agora procuram se reencontrar (às duras penas é verdade), além do fato de dividirem o mesmo nome. Seja como for, fica a torcida desse escriba para esses dois clubes ... e aguardo ansiosamente um "Unido Vencerás - Parte 3", e algo feito pela torcida e para a torcida do América - PE.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Considerações sobre a A2

Faz tempo que não falo da A2...deixei de fazer isso por quê atualmente, encontrar informações da A2 não é algo que demande lá muito tempo, logo, minhas considerações não iriam colaborar para muita coisa. Mas me deu vontade de abordar o assunto, sendo serviço de utilidade pública ou não.

Pra começar, a final, mais especificamente, a finalíssima. Vi poucos jogos da A2 in loco esse ano, ou pelo menos em menor quantidade do que gostaria, e tinha a oportunidade de ver o último jogo da competição, o Portuguesa x Rio Claro que iria definir o título. Incubi um amigo de ir arranjar os ingressos no sábado imediatamente anterior à final, contudo, ele não conseguiu obtê-los. Nisso, só me restava ir no estádio no domingo, e achei arriscado sair de um lugar distante para me deparar com uma bilheteria vazia. Temi isso devido à minha última experiência com jogos festivos da Portuguesa, pois estava no jogo do acesso para a Série A, contra a Ponte Preta, e o Dr. Oswaldo Teixeira Duarte estava abarrotado àquela altura, com direito à uma banda de fado passando no meio do pessoal. Seja como for, para quem quer que tenha visto o jogo, quer fosse no Canindé, quer fosse pela TV (o que merece um capítulo à parte), viu que o estádio não estava cheio. Fui um completo juvenil e ignorei todo um contexto que rondava a partida, aliás, não só a partida, como a estadia da Lusa no segundo escalão do futebol paulista. Poderia ter ido no setor visitante, mas sei por experiência própria que esse local não é dos maiores, ainda que possua um tamanho considerável. Ainda assim, eu esperava que a torcida do Rio Claro lotasse o local (o que não quer dizer que pouca gente saiu da cidade que dá nome ao clube). Ainda mais, 30 mangos em um ingresso é um tanto quanto pesado para quem quer que não esteja envolvido diretamente no negócio. Seja como for, o que passou, passou.

Dito isso, a finalíssima foi bem, digamos, estranha. Havia a gana dos jogadores de ambas as equipes em procurarem vencer e conquistar o título, mas algo pairava no ar, e era perceptível até para quem não estava lá, que era meu caso. O prélio teve o nível de tensão aceitável para uma final, não ultrapassando isso em momento algum, talvez exceto no gol do Rio Claro. Mas creio ter sido algo breve. Essa final não chegou a ser modorrenta, mas certamente existem outras mais memoráveis. A partida terminou em 1 x 0 para os visitantes, mas que foi insuficiente para que a taça fosse levada para o interior; por ter feito uma campanha melhor ao longo da competição, e por ter vencido a ida por 2 x 1, esse placar ainda permitiu que a Portuguesa fosse campeã. Aí ocorre um fato pouco, ou melhor, nem um pouco, usual; a torcida começa a vaiar. A torcida apoiou a partida inteira, e começou a vaiar logo após o apito final.

Isso até pôde causar estranhamento nos mais incautos, mas era bem explicável; os adeptos não vaiavam o time (ainda que merecessem alguma manifestação do tipo, dado algumas pixotadas), mas a diretoria, com atenção especial ao presidente, Manuel da Lupa. Nessa gestão, que começou em 2005, a Lusa alcançou a Série A do Brasileiro, é verdade, mas sofreu 2 rebaixamentos no Paulista. Também é verdade que desde o começo dos anos 2000 o clube passava por uma situação claudicante, mas isso não quer dizer que dá para isentar de responsabilidade os atuais mandatários.

Nessa A2, tudo o que foi dito no parágrafo anterior, somado ao fato da confirmação da presença da Lusa ter se dado logo após a  apoteose do acesso para a 1ª Divisão do Brasileiro, ajude a explicar o que muitos classificaram como "brochante" quando da cerimônia de premiação.

Até mesmo aqui a Portuguesa foi aquela que recebeu mais atenção, marginalizando os outros. Afinal, é um time de primeira do Brasileiro, inserida na segunda estadual. Acho que é algo inconsciente, ou qualquer coisa do tipo.

Em relação ao Rio Claro, para mim, foi uma grata surpresa. Antes do início do certame, não o colocava como favorito ao acesso, sequer como postulante à classificação à 2ª fase. Acreditava piamente que ficaria na zona do agrião, esperando a Copa Paulista e a próxima A2. Se fosse para algum time da cidade conseguir algo, via o Velo como favorito. Mas eis que queimo a língua. Mesmo com o vice, o clube conseguirá uns bons trocados, tão necessários para todos, e irá partir para a competição do 2º semestre com ânimo renovado. Esperemos 2013 então, para que vejamos se a agremiação conseguirá se manter na A1.

Da parte dos outros dois promovidos, o Comercial fez um bate-e-volta, e ano que vem veremos um sempre esperado Come-Fogo. Acho que todo mundo deve concordar que o Bafo selou o acesso nos surpreendentes 7 x 0 contra a Portuguesa em Palma Travassos. Com o saldo de gols construídos lá, só uma hecatombe tiraria a vaga da A1 do lado alvi-negro de Ribeirão Preto. Do outro lado, o Audax, que até bem pouco tempo atrás, era o Pão de Açúcar EC. Será a primeira vez que veremos um clube-empresa, mas empresa mesmo, disputar o Paulistão. Creio que será uma passagem atípica, pois essa passagem será pouco memorável, dado que o clube não tem torcida ou qualquer identificação com alguma coisa. É inegável que em algumas partidas, os atletas e a comissão técnica encarem o adversário como uma formalidade. No caso do Audax, até mesmo os torcedores encararão assim. Pode ser que sejam jogos bons tecnicamente, mas faltará algo no fora das quatro-linhas. Do outro lado, é inegável que o sucesso do clube é resultado de um planejamento sério, feito à longo prazo, com uma competência raramente vista. Administrativamente falando, não lembro de ter ouvido algo como atrasos de salários, assim como outras coisas tidas como comuns. Estruturalmente, as coisas andam no mesmo ritmo. É consenso que qualquer um gostaria de ver um clube mais tradicional, ou até mesmo que a anos esteja pelejando nas divisões inferiores, no lugar do Audax, mas na imensa maioria dos casos, tais clubes não se estruturam, por uma série de motivos que não cabe elencar aqui. Além do mais, o Audax não colabora em nada para o definhamento das equipes tradicionais. Que será chato vê-lo no lugar de uma centena de outros time, isso vai, mas não vai ser a desgraça que muitos imaginam.

Olhando para o texto, ficou maior do que o esperado, e ainda tenho mais considerações. O jeito então será dividir, logo, esperem outra parte. Caso tenha dito algum disparate, ou tenha me esquecido de algo, ou ache qualquer coisa sobre um fato qualquer relacionado direta ou indiretamente com o tema, sinta-se à vontade para comentar. Por hora, me despeço.

terça-feira, 14 de maio de 2013

Camisas - Associação Atlética Santa Ritense - Santa Rita do Passa Quatro SP

A Série A2 acabou, de maneira estranha, a bem de verdade. É estranho ver um time ser campeão sob vaias, mas há toda uma explicação para isso. Tentei ir para o jogo, mas não consegui o ingresso, então, tive de ver pela TV mesmo. Mais considerações sobre a A2, a A3 e a própria Série B ficarão para mais tarde.

Venho cá com uma peça que consegui, mas que tenho poucas informações sobre. Trata-se de uma camisa da Associação Atlética Santa Ritense, de SP.


Fundada em 25/01/27, a agremiação começou a disputar as divisões de acesso a partir dos anos 60, e ficou nessa toada por muitos anos. Ao todo, foram 20 participações, a maior parte delas na 3ª Divisão, com algumas passagens esporádicas na 4ª e 5ª.


A última vez que vimos a Santa Ritense no futebol profissional foi em 2004. Desde então, o clube passou apenas a administrar seu patrimônio social, que pelo que dizem, é consideravelmente grande. Mas quem quer que queira ver a Vermelhinha em ação, a equipe disputa o campeonato amador da cidade, mandando suas partidas no estádio José Pereira da Silva (que abriga até 5,500 torcedores), estádio que sempre foi a casa da AASR.


Seria bom ver a Santa Ritense voltar ao profissionalismo, mas apesar de possuir um grande patrimônio, seria muito arriscado voltar às competições oficiais da FPF. Sobre os torneios amadores de Santa Rita do Passa Quatro, poucas são as informações disponíveis (ou seja, quem quer que saiba algo à respeito, por favor compartilhe). Sobre a camisa em si, aparentemente ela é dos anos 90, pois divide o mesmo layout que o da Matonense, por exemplo, o que é justificável pelo fato de ambas terem sido confeccionadas pela Elite (que por sinal voltou à Matonense). Mas não consigo especificar o ano, algo a partir de 99, ano de sua última volta ao profissionalismo.

Quem tiver qualquer informação, história ou causo sobre a Santa Ritense, por favor compartilhe conosco. Há mais por vir na quinta feira, pelo menos assim espero. Até lá.

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Distintivos

É certo que uma das características mais marcantes de um clube é o seu distintivo, que geralmente é resultado de um processo histórico regado à tradição, inovação, dificuldades, ou qualquer outro fator. Com o passar do tempo, vários foram os distintivos que sofreram alterações, e perfeitamente crível que na ocasião em que essas mudanças ocorreram, nem todos as aceitaram. Sempre acreditamos que na época em que vivemos, não haverá alteração alguma, mas até aqui mesmo no Brasil, elas ocorrem, de maneira discreta, é verdade, mas ocorrem. Basta analisar o brasão da Portuguesa, Olímpia e Primavera, todos com alterações sensíveis (ainda que a da equipe de Indaiatuba tenha sido a mais drástica), cada qual motivadas por fatores próprios.

Nessa linha, perambulando por alguns sites, me deparo com o Love Football, Hate Football, que possuí a premissa de sugerir alterações nos escudos de algumas equipes, seja seguindo a tradição, incorporando vários elementos da História do clube em um novo distintivo, ou por uma questão meramente estética, mas não gratuita. É uma proposta ao menos interessante, o que faz o site valer uma olhada....

domingo, 5 de maio de 2013

Regularização

Andei percebendo uma coisa: a maior parte dos blogs, sites e derivados que abordam futebol possuem alguma padronização. Pensando nisso, tentarei algo do tipo. Assim sendo, digo; todas as terças, quintas e domingos haverá material novo no blog. Se não houver, haverá compensação somente nessas datas. Isso deve facilitar na agenda, além de facilitar aos leitores, que creio eu, não tem tempo de ficar verificando um material que é publicado em uma frequência aleatória.

Aviso dado, cumprirei com esse passo, para melhorar mais isso aqui. Dito isso, saludos.

Guia da Segunda Divisão Paulista 2013 - Ilha Solteira

A Segunda Divisão Paulista é uma das competições mais democráticas do Brasil, quiçá, do planeta. Nela, vemos clubes de várias regiões do estado de São Paulo, que possuí uma diversidade futebolística invejável. Ano passado mesmo, a quilometragem entre as cidades sede de São Vicente e Votuporanguense foi a maior de todos os tempos em uma final (590 Km). Esse ano, teremos a volta de um time de uma cidade ainda mais longe que Votuporanga; trata-se do Ilha Solteira.




Nome: Associação Esportiva Ilha Solteira

Fundação: 01/12/93

Estádio: Frei Arnaldo Castilho (capacidade para  5, 540 torcedores)

Cidade: Ilha Solteira ( população de 25, 071 habitantes - IBGE 2010)


De certa forma, o retorno do Ilha Solteira foi surpreendente. Afastado das competições profissionais desde 2010, poucos apostavam que o time retornaria, e o apostavam não só pelo tempo afastado. O retrospecto do AEIS em competições paulistas não é nada bom. A equipe nunca conquistou grandes coisas no futebol, e sempre teve de lidar com uma série de dificuldades, financeiras e estruturais, só para ficar em duas. Por isso, além de surpreendente, a intenção dos dirigentes de voltar com o futebol profissional é ao menos briosa.

Mas é certo que eles não pretendiam retornar para tomar pau, e anunciaram que as coisas seriam diferentes, já que contariam com o apoio de uma série de parceiros regionais, entre eles uma Usina local (à qual não encontrei o nome - ou seja, se alguém souber, compartilhe), além da prefeitura ter prometido reformar o estádio Frei Arnaldo. Com isso, passou-se a ter o acesso como um sonho distante, o que em comparação com os anos passados, é um baita de um progresso.

Contudo, a estreia do time foi difícil. O primeiro jogo ocorreu em casa, mas o estádio estava interditado (ao que tudo indica, as obras prometidas ainda não começaram)

. Para completar, por problemas de documentação, o técnico Solito Alves (que estava à frente do time em 2010) pôde contar com apenas 9 jogadores em campo (não haviam sequer reservas, o quê em um jogo às 10:00 é de matar). Nessas condições, os 4 x 1 aplicados pelo AEA eram até esperados.

A partir disso, muitos pensaram que a equipe repetiria as cenas dos últimos anos, em que perdia mais pontos nos gabinetes do que em campo, isso quando não desistia da competição. Mas com o empate (1 x 1) fora de casa ante o Bandeirante, os prognósticos de fracasso da AEIS se arrefeceram, pelo menos por enquanto. Novos jogadores já foram contratados e inscritos, e de agora em diante, pelo menos o Ilha Solteira entrará com 11 em campo.

Ainda que a competição ainda esteja no início, o que dificulta uma análise sobre o potencial da equipe (além do mais, a menos que algum jogo seja televisionado, dificilmente verei o AEIS). Mas tendo em vista todos os problemas estruturais que o clube apresenta, creio que brigar pela qualificação já será um lucro.