O Grêmio Mauaense partirá
para a Segunda Divisão com mudanças profundas em relação aos anos anteriores,
basicamente, a parceria com o São Bernardo FC chegou ao fim, e o clube terá de
caminhar com as próprias pernas, ou quase isso, mas antes do Guia em si, algumas
informações;
Nome; Grêmio Esportivo
Mauaense
Fundação; 15/12/1981
Estádio; Pedro Benedetti
(capacidade 8,567 de torcedores)
Cidade; Mauá (417,568
habitantes)
Títulos; Série A3 (85) e
Segunda Divisão (2003)
Antes de falarmos do 2013,
forçosamente teremos de falar dos anos anteriores. O Grêmio, assim como a maior
parte dos clubes das divisões de acesso, brigava para manter as contas em dia,
ou pelo menos para negociar o pagamento, e esse cenário só se agravou com o
rebaixamento para Segunda Divisão, em 2007. Logo após o descenso, uma série de
parceiros largaram o projeto, pois na 4º Divisão a perspectiva de lucro não é
das maiores, e a prefeitura não parecia muito disposta a apoiar o time. O clube
conseguiu se manter de maneira autônoma por 3 anos, mas em 2010 a situação
chegou a um ponto insustentável, e o licenciamento não era algo improvável.
Nesse ano, outro clube do
ABC, o São Bernardo FC, ofereceu um projeto de parceria, em que este
praticamente administraria o departamento profissional do Grêmio, que iria
competir com jogadores pertencentes ao SBFC, mas que não estivessem nos planos
imediatos da “matriz”. Até mesmo a comissão técnica seria do São Bernardo, o
que tornava o Mauaense uma espécie de São Bernardo B, o que naquele momento,
era a única alternativa para o clube de Mauá ter um time em campo. Isso por quê
a situação estava tão difícil que para manter as categorias de base, o clube
teve de firmar uma parceria com uma empresa, a FACAVI (Formação de Atletas com
Amor, Virtude e Interação).
Nesse período, o Grêmio não
brigou em momento algum pelo acesso, ainda que tenham sido feitas campanhas
relativamente boas. Era comum o São Bernardo integrar um dos atletas que
estavam em Mauá após, ou até mesmo durante, as competições. No campeonato do
ano passado, o Grêmio fazia uma boa campanha, chegando a 3ª fase, mas a partir
da 2ª fase o time sofreu um desmanche por conta da parceria, o que contribuiu
para que a campanha não fosse melhor. Em paralelo à tudo isso, nas categorias
de base, os resultados foram expressivos, como no Paulistas sub-20, em que por
2 anos seguidos atingiu-se a semifinal, só sendo eliminado pelos campeões
daqueles anos (EC São Bernardo em 2011 e Osasco FC no ano passado). Ainda em
2012, foi decidido que a parceria entre o Mauaense e o São Bernardo não
continuaria, e era pouco provável que a Locomotiva assumisse de maneira
autônoma o futebol. Nesse quadro, quem ocupou esse espaço foi a outra parceira
da agremiação, a FACAVI.
O primeiro passo para 2013
se deu ainda em 2012, com o sub-20 da Segunda Divisão, na campanha mencionada
no parágrafo anterior. Se a base daquele time for mantida, uma boa campanha
pode se concretizar, mas para almejar o acesso, o Grêmio terá que se reforçar,
e superar alguns problemas, com os quais convive há alguns anos. Uma das
maiores dificuldades da equipe é comum para muitas outras do campeonato; a
falta de apoio da cidade. Ano passado, Grêmio teve uma média de 60 pagantes por
jogo, uma das menores de toda a competição. Na avaliação dos torcedores e da
diretoria, faltava divulgação, pois os mauaenses não sabiam os dias dos jogos,
e até há quem não saiba que Mauá possui um time. A diretoria promete mudar esse
cenário, tentando realizar alguma divulgação, como faixas em avenidas
movimentadas, o que já é um começo.
Das cidades do Grande ABC
que possuem times profissionais, apenas Mauá e Diadema nunca frequentaram a
elite, e os torcedores do Grêmio Mauaense esperam que 2013 seja o começo da
jornada até o escalão mais alto do futebol estadual.
Esqueci de mencionar que a diretoria está fazendo o possível pra segurar Anderson Gindre, artilheiro da equipe no sub-20. Até o momento, é um dos jogadores de mais destaque no time.
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