domingo, 5 de maio de 2013

Guia da Segunda Divisão Paulista 2013 - Ilha Solteira

A Segunda Divisão Paulista é uma das competições mais democráticas do Brasil, quiçá, do planeta. Nela, vemos clubes de várias regiões do estado de São Paulo, que possuí uma diversidade futebolística invejável. Ano passado mesmo, a quilometragem entre as cidades sede de São Vicente e Votuporanguense foi a maior de todos os tempos em uma final (590 Km). Esse ano, teremos a volta de um time de uma cidade ainda mais longe que Votuporanga; trata-se do Ilha Solteira.




Nome: Associação Esportiva Ilha Solteira

Fundação: 01/12/93

Estádio: Frei Arnaldo Castilho (capacidade para  5, 540 torcedores)

Cidade: Ilha Solteira ( população de 25, 071 habitantes - IBGE 2010)


De certa forma, o retorno do Ilha Solteira foi surpreendente. Afastado das competições profissionais desde 2010, poucos apostavam que o time retornaria, e o apostavam não só pelo tempo afastado. O retrospecto do AEIS em competições paulistas não é nada bom. A equipe nunca conquistou grandes coisas no futebol, e sempre teve de lidar com uma série de dificuldades, financeiras e estruturais, só para ficar em duas. Por isso, além de surpreendente, a intenção dos dirigentes de voltar com o futebol profissional é ao menos briosa.

Mas é certo que eles não pretendiam retornar para tomar pau, e anunciaram que as coisas seriam diferentes, já que contariam com o apoio de uma série de parceiros regionais, entre eles uma Usina local (à qual não encontrei o nome - ou seja, se alguém souber, compartilhe), além da prefeitura ter prometido reformar o estádio Frei Arnaldo. Com isso, passou-se a ter o acesso como um sonho distante, o que em comparação com os anos passados, é um baita de um progresso.

Contudo, a estreia do time foi difícil. O primeiro jogo ocorreu em casa, mas o estádio estava interditado (ao que tudo indica, as obras prometidas ainda não começaram)

. Para completar, por problemas de documentação, o técnico Solito Alves (que estava à frente do time em 2010) pôde contar com apenas 9 jogadores em campo (não haviam sequer reservas, o quê em um jogo às 10:00 é de matar). Nessas condições, os 4 x 1 aplicados pelo AEA eram até esperados.

A partir disso, muitos pensaram que a equipe repetiria as cenas dos últimos anos, em que perdia mais pontos nos gabinetes do que em campo, isso quando não desistia da competição. Mas com o empate (1 x 1) fora de casa ante o Bandeirante, os prognósticos de fracasso da AEIS se arrefeceram, pelo menos por enquanto. Novos jogadores já foram contratados e inscritos, e de agora em diante, pelo menos o Ilha Solteira entrará com 11 em campo.

Ainda que a competição ainda esteja no início, o que dificulta uma análise sobre o potencial da equipe (além do mais, a menos que algum jogo seja televisionado, dificilmente verei o AEIS). Mas tendo em vista todos os problemas estruturais que o clube apresenta, creio que brigar pela qualificação já será um lucro. 

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