quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Guia da Segunda Divisão Paulista 2013 – Olímpia


É sabido que o Olímpia é um dos mais tradicionais clubes do interior do estado, fazendo  parte do seleto grupo dos quais disputaram a elite do Paulista. De uns anos para cá, o Olímpia tenta, infrutiferamente, recuperar um pouco do brilho do passado. Em 2012 mesmo, ficou naquele “tão perto, mas tão longe”... reconhecemos, isso foi algo confuso, mas explicaremos mais tarde. No ano passado, colocamos a equipe entre as favoritas ao acesso, mas para esse ano, a trataremos como incógnita, e o por quê disso virá um pouco após os dados da equipa;



Nome: Olímpia Futebol Clube

Fundação: 05/12/1946

Estádio: Tereza Breda (capacidade para 15,000 pessoas)

Cidade: Olímpia (50,024 habitantes)

Títulos: Série A2 (90) e Série A3 (2000 e 2007)


Em 2012, o Olímpia vinha pra disputa com muito otimismo, afinal, tinha uma parceria estável (no caso, com a Brumed Sports), e viu a ascensão do GAPO (Grupo de Apoio ao Olímpia), uma organização de torcedores, cujo objetivo, como o próprio nome diz, é apoiar o time. Ações de marketing, como uma atualização no distintivo, foram feitas, além de um programa de sócio torcedor. Analisando o cenário de maneira sensata, dava pra colocar o OFC naquele grupo de equipes que fariam uma bela campanha, sem poder descartar a possibilidade de acesso.

Aí entra aquele “tão perto, mas tão longe”. O time ficou sob o comando de Léston Júnior, que conseguiu montar um time coeso na defesa, que até o início da 4º fase, tinha sofrido apenas 11 gols. Além disso, a equipe pôde contar com os gols de Eder e Lucas, que marcaram 11 e 6 tentos, respectivamente, ao longo da competição. Esses números mostram que o Galo era uma equipe eficiente, e vendo os jogos, isso era nítido, mas ainda assim, não passava a confiança que uma Votuporanguense, ou atém mesmo do Fernandópolis. Cabe afirmar que exceto nos 3 x 0 aplicados ante o Novorizontino na 1ª fase, o clube não encantou em nenhuma oportunidade. De fato, a Segunda Divisão não é o campeonato com as partidas plasticamente mais bonitas, e o que conta é avançar (que o diga o São Vicente), e nessa toada, o time chegou até a 4ª fase, aonde 6 jogos ( até mesmo menos, caso o time vá bem) podem levar à tão sonhada A3.

Podemos dizer que se o time mantivesse a consistência vista nas 2 primeiras fases, as coisas poderiam ter sido ainda melhores, mas o que se viu foi uma queda extremamente brusca no desempenho da equipe, o que cai naquilo que todo mundo fala antes da competição; oscilações são naturais, mas o time não pode permitir que elas sejam muito bruscas. Basta avaliar a 3ª fase, em que o time avançou aos trancos e barrancos, quando acabou ganhando a vaga devido a uma punição aplicada ao Tupã, e a já referida 4ª etapa, quando conquistou apenas 2 pontos naquelas 6 derradeiras partidas (só pra pontuar, foram 2 empates ante o mesmo Novorizontino; 2 x 2 em Olímpia e 1 x 1 em Novo Horizonte).

Em miúdos, não foi de todo o ruim. Com um pouco mais de organização, e com muito mais estabilidade, o tão sonhado acesso poderia se concretizar. Esse cenário é o ideal, e que até o começo do ano, não vinha se formando. A nosso ver, isso ocorria devido à instabilidade política da diretoria, que passou por um racha; o GAPO, junto dos irmãos Silva, Milton e Airton, e o presidente e vice, Valter Bitencourt e Jesus Ferezim. O Olímpia começou o ano sem saber quem seria sua diretoria, e o GAPO até mesmo cogitou a possibilidade de não continuar no clube. No final das contas, por volta desse mês de fevereiro, as coisas já tinham se definido, com as renúncias de Bitencourt e Ferezim, com os irmãos Silva assumindo esses cargos, com a permanência do GAPO.

Enquanto muitas equipes já começaram a se preparar, o Olímpia vai adotar uma tática, digamos, pouco ortodoxa. Antes mesmo de saberem quem seria o presidente do time, o  técnico já estava definido; Valter Ferreira, treinador que no momento, está à frente do CENE – MS. Até aí, é algo um tanto quanto comum, todavia, Ferreira só assumirá o time em abril, pouco menos de 1 mês do início do certame. Até lá, a preparação da equipe ficará à cargo de auxiliares do técnico, mas há uma lacuna nisso tudo; não achamos dados sobre contratações, até mesmo sobre o plantel como todo. O mais provável é que no momento, a base do elenco virão das categorias amadoras. Se essa for a tônica, não haverão motivos para se animar, dado que o clube foi eliminado na 2ª fase, com duas derrotas para o Assisense, com direito a um inapelável 7 x 2 em Assis. Ainda falta um tempo considerável para o início da competição, mas já é bom ficar esperto.
Mudando de assunto, o Olímpia nos últimos anos vêm se esforçando para atrair o torcedor para o estádio Tereza Breda, e 2013 não foge à regra. A já tradicional eleição para a escolha do melhor horário para os jogos já está sendo feita, e os recentes programas de sócio-torcedor já estão sendo desenvolvidos, e todos esperam que a média de público ultrapasse a casa do milhar.


Agora, com o ambiente político aparentemente pacificado, e com os esforços para se atrair público, poderíamos cravar que o clube iria bem, mas a indefinição técnica não nos permite fazer essa afirmação com muita convicção. Talvez seja só nebulosidade mesmo, e a base do time já esteja bem encaminhada, mas isso só é especulação de nossa parte, e como tal, deixaremos isso de lado. Seja como for, se ano passado apontamos para uma boa campanha, para 2013, no nosso entendimento, o Olímpia vêm como incógnita, mas vale lembrar que grande parte das conquistas do time (especialmente a A2 de 90) se deram em condições extremamente adversas. Resumindo, não sabemos ao certo o que esperar, mas em momento algum o descartaremos.

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