No espaço de um ano, o
Quirguistão saltou do 195º lugar do Ranking da FIFA para a 142ª posição. Pouco
expressivo, de fato, mas a coisa ganha mais significado quando vemos que é a
seleção que mais ganhou posições entre abril de 2012 e abril de 2013.
O país nunca se destacou no futebol soviético, jamais colocando nenhum
representante em toda a história do campeonato local. Nesse pouco honroso
retrospecto, fazem companhia com o Turcomenistão. Ainda assim, o futebol
quirguiz naquele período era melhor que o atual. Saudosistas lembram de
como o estádio Spartak ficava lotado quando os dois maiores rivais do país se
encontravam; FC Alga Bishek e FC Alai, de Osh. No Quirguistão, a divisão entre
Norte e Sul é muito clara, e cada um desses clubes representava esse
regionalismo; o Alga era do Norte, e o Alai, do Sul.
Com a dissolução da União
Soviética, o Quirguistão finalmente teria um campeonato para chamar de seu, assim como uma
seleção nacional, mas os tempos eram outros, e muitas dificuldades vieram.
Falemos primeiro da seleção em si.
O primeiro jogo foi em
23/08/92, contra o Uzbequistão, na casa do rival, e terminou com uma derrota de
3 x 0. A primeira vitória só viria em 96, mais especificamente no dia 02/02, em
um 3 x 1 aplicados Iêmen, nas eliminatórias para a Copa da Ásia, que foram
disputadas na Arábia Saudita. A partir disso, vieram mais 16 vitórias, um
número razoável de empates e uma quantidade quase incontável de derrotas. O
maior sucesso do time foi um 3º lugar na AFC Challenge Cup (torneio destinado
às seleções tidas como emergentes no cenário asiático) em 2006.
Em relação aos clubes, o
cenário também não é dos melhores. Com o advento da economia de mercado, tanto
Alga quanto Alai perderam espaço para equipes financiadas por grandes
corporações, sendo o maior exemplo disso o Dordoi Bishek, atual campeão do
país, que tem um total de 10 títulos, sendo que 6 foram conquistados de maneira
consecutiva. O Dordoi pertence à maior rede varejista da Ásia Central, a Dordoi
Bazaar. Para ser mais exato, A Dordoi Bazar é um mercado popular, uma espécie
de Mercadão do Brás, só que mais organizado, gigante (reza a lenda que o
negócio possui mais de 1km de extensão), que revende produtos chineses para a
população quirguiz, além de seus vizinhos. Outros times que apresentam
crescimento no futebol quirguiz ou pertencem à empresas ou recebem apoio
político, caso do já citado Alga, que após passar por uma grande crise, passou
a receber apoio do governo da capital, mais como maneira de auto-promoção dos
estadistas do quê incentivo ao esporte em si.
Nessa toada, o Alga (que é
2º maior vencedor do campeonato nacional, com 5 conquistas), é o maior detentor
de títulos da Copa do Quirguistão, com 8 conquistas. Um rápido adendo sobre a Copa do
Quirguistão; o Alga é o maior vencedor, mas o Dordoi vêm logo atrás, com 5 conquistas. Outro destaque vai para o FC Zhasthyk-Ak-Altyn Kara-Suu, que representa a
cidade descrita na última palavra de seu nome. O Clube ostenta o inglório
recorde mundial de perder 6 finais consecutivas, além de ter perdido mais uma
em outra ocasião.
Fugindo das curiosidades, a quantidade de torcedores quirguízes diminuiu, se levarmos em consideração os relatos de pessoas que vivenciaram o esporte nos tempos soviéticos, mas o futebol já superou alguns esportes tradicionais, como disputas à cavalo e lutas, basicamente por motivos simples; basta um espaço razoavelmente plano e uma bola. Pelos relatos obtidos, percebe-se que há um consenso entre torcedores, dirigentes e atletas sobre o que fazer para melhorar o nível do futebol local; maior investimento nas categorias de base. Isso é uma solução óbvia para qualquer lugar, mas o desafio quirguiz é como fazer isso em uma economia que não é das mais expressivas.
Para nós aqui do Ocidente, e de certa forma para os países mais próximos do Quirguistão, informações são raras. Já é sabido que o país foi eliminado nas qualificatórias para a Copa do Mundo de 2014, isso ainda em 2011 (o algoz foi o Uzbequistão, que aplicou 7 x 0 no placar agregado). É difícil cravar se o futebol do país dará aquele "salto-evolutivo".
Ah, creio ser necessário responder a pergunta; como um país que possuí tanta dificuldade no futebol conquistou tantas posições no Ranking da FIFA. Basicamente, os quirguízes venceram a maior parte das partidas que disputaram nesse espaço de tempo (relembrando, abril de 2012 à abril de 2013), que foram 4 no total. De fato, as seleções tidas como alternativas jogam pouco, e os resultados não são dos mais expressivos; vitórias contra Tadjiquistão, Macau e Paquistão, todas pelo placar simples. O único revés se deu contra o Cazaquistão, em 2012; um 5 x 2 para os cazaques, que atuavam de mandantes. Realmente não é muito, mas este deve ser um bom momento para o futebol quirguiz.
Fugindo das curiosidades, a quantidade de torcedores quirguízes diminuiu, se levarmos em consideração os relatos de pessoas que vivenciaram o esporte nos tempos soviéticos, mas o futebol já superou alguns esportes tradicionais, como disputas à cavalo e lutas, basicamente por motivos simples; basta um espaço razoavelmente plano e uma bola. Pelos relatos obtidos, percebe-se que há um consenso entre torcedores, dirigentes e atletas sobre o que fazer para melhorar o nível do futebol local; maior investimento nas categorias de base. Isso é uma solução óbvia para qualquer lugar, mas o desafio quirguiz é como fazer isso em uma economia que não é das mais expressivas.
Para nós aqui do Ocidente, e de certa forma para os países mais próximos do Quirguistão, informações são raras. Já é sabido que o país foi eliminado nas qualificatórias para a Copa do Mundo de 2014, isso ainda em 2011 (o algoz foi o Uzbequistão, que aplicou 7 x 0 no placar agregado). É difícil cravar se o futebol do país dará aquele "salto-evolutivo".
Ah, creio ser necessário responder a pergunta; como um país que possuí tanta dificuldade no futebol conquistou tantas posições no Ranking da FIFA. Basicamente, os quirguízes venceram a maior parte das partidas que disputaram nesse espaço de tempo (relembrando, abril de 2012 à abril de 2013), que foram 4 no total. De fato, as seleções tidas como alternativas jogam pouco, e os resultados não são dos mais expressivos; vitórias contra Tadjiquistão, Macau e Paquistão, todas pelo placar simples. O único revés se deu contra o Cazaquistão, em 2012; um 5 x 2 para os cazaques, que atuavam de mandantes. Realmente não é muito, mas este deve ser um bom momento para o futebol quirguiz.
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