Javier Poves Goméz. Provavelmente, é um nome pouco conhecido da maior parte do público brasileiro. Pode-se dizer que até mesmo em seu país de origem, a Espanha, é pouco conhecido. É reserva do Sporting Gijón, e não mostrou nada de especial em campo, era um jogador mediano. "Era". Apesar de ter apenas 24 anos, esse ano se retirou do futebol profissional. Não sofreu nenhuma lesão grave, não teve seu nome envolvido em polêmicas, tampouco cometeu um crime e foi condenado.
Poves era um jogador incomum. Recusava-se a receber o salário por conta bancária, pois não queria que especulassem com seu dinheiro sequer um segundo. A diretoria do Sporting, por algum motivo, talvez a fuga do rebaixamento, decidiu premiar os jogadores; um carro para cada. Poves recusou, dizendo que já tinha um, então, pra que precisaria de outro?
Nisso, decidiu subitamente parar de jogar. Ele não tolera mais o futebol profissional, que nas suas palavras, "o futebol profissional se resume a dinheiro e corrupção. É capitalismo, e capitalismo é morte. Não quero estar num sistema que se baseia em que a gente ganhe dinheiro graças a morte de outros na América latina, na África, Ásia. Simplesmente meu eu interior me impede de continuar nisso".
Recentemente escreveu um artigo no La Nueva España, um jornal independente das Astúrias, em crítica ao 15-M, que dizia que "de que me serve ganhar 1.000 euros em vez de 800 se estão manchados de sange, que se obtêm com o sofrimiento e a morte de muita gente? A sorte desta parte do mundo é a desgraça do resto. Em vez de tanto 15-M e coisas do tipo (não sei se é exatamente isso, pois não consegui traduzir, e nem de longe confio no google tradutor. Se alguém souber o que significa a expressão "y tanta hostia", favor postar aquir), o que se deve fazer é ir aos bancos e queimalos, cortar cabeças. É o que te digo".
Agora, pretende estudar História, e um dia, viajar pelo mundo, o "mundo de verdade", como diz. Tudo o que podemos fazer é desejar boa sorte a ele, pois ele é um sujeito que merece...
Poves era um jogador incomum. Recusava-se a receber o salário por conta bancária, pois não queria que especulassem com seu dinheiro sequer um segundo. A diretoria do Sporting, por algum motivo, talvez a fuga do rebaixamento, decidiu premiar os jogadores; um carro para cada. Poves recusou, dizendo que já tinha um, então, pra que precisaria de outro?
Nisso, decidiu subitamente parar de jogar. Ele não tolera mais o futebol profissional, que nas suas palavras, "o futebol profissional se resume a dinheiro e corrupção. É capitalismo, e capitalismo é morte. Não quero estar num sistema que se baseia em que a gente ganhe dinheiro graças a morte de outros na América latina, na África, Ásia. Simplesmente meu eu interior me impede de continuar nisso".
Recentemente escreveu um artigo no La Nueva España, um jornal independente das Astúrias, em crítica ao 15-M, que dizia que "de que me serve ganhar 1.000 euros em vez de 800 se estão manchados de sange, que se obtêm com o sofrimiento e a morte de muita gente? A sorte desta parte do mundo é a desgraça do resto. Em vez de tanto 15-M e coisas do tipo (não sei se é exatamente isso, pois não consegui traduzir, e nem de longe confio no google tradutor. Se alguém souber o que significa a expressão "y tanta hostia", favor postar aquir), o que se deve fazer é ir aos bancos e queimalos, cortar cabeças. É o que te digo".
Agora, pretende estudar História, e um dia, viajar pelo mundo, o "mundo de verdade", como diz. Tudo o que podemos fazer é desejar boa sorte a ele, pois ele é um sujeito que merece...
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