
Tentamos falar dos favoritos, ou equipes com algum destaque, e esperamos que tenha ficado razoavelmente bom, mas sabemos que não está próximo do ideal. Assim sendo pedimos que os especialistas em futebol caribenho de plantão comentem e participem, afinal, venhamos e convenhamos, não é muito fácil encontrar informações sobre essa competição. Sem mais delongas, aproveitem;
Grupo
A
Bahamas
Bermuda
Ilhas
Cayman
Haiti
Grupo
B
Ilhas
Virgens Britânica
República
Dominicana
Porto
Rico
Ilhas
Virgens Americanas
Grupo
C
Curação
Guiana
Santa
Lúcia
São
Vicente e Granadinas
Grupo
D
Martinica
Guiana
Frances
Montserrat
Grupo
E
Aruba
Barnados
Dominica
Suriname
Grupo
F
Anguilla
São
Martin
São
Cristovão e Neves
Trinidad
e Tobago;
Como
já dissemos, será muito difícil falar de cada uma dessas equipes, mas isso não nos desencorajará, e tentaremos fazer o melhor possível. Lembrando que a competição começará apenas em agosto, o que nos dará
muito tempo para pesquisarmos, pensando em falar sobre cada um dos
participantes, ou pelo menos do maior número possível.
Os
favoritos são Trinidad e Tobago e Jamaica. Os dois países são os maiores
vencedores da competição, com 8 e 5 conquistas, respectivamente. A Jamaica está
passando por um processo de renovação, comandada por Theodore Withmore desde
2009. Withmore era meio-campista e barman, e representou o país na Copa da
França. Vários jogadores atuam no futebol europeu, com destaque para o
zagueiro Claude Davies, do Crawley Town,
da 3ª Divisão inglesa. Davies é o jogador do atual elenco jamaicano que mais
tem partidas pela seleção, com 66. Destaque também para o atacante Ricardo
Fuller, do Stoke City, da Premier League. Esse processo de renovação, ainda que
não tenha garantido a classificação para a Copa de 2010, deu ao menos o título
da edição de 2010 da Copa Caribenha. Sobre os jogadores da nova geração, muito
se espera de Nigel Neita, que com 18 anos faz parte da academia de jovens do
Arsenal.
Sobre
Trinidad e Tobago, a seleção também passa por um processo de renovação, pois em
sua última glória, a participação na Copa do Mundo de 2006, o time contava com
vários veterano, caso de Dwigth Yorke e Stern John, que por anos foram as
referências do time. Mas esse processo está sendo difícil. O time foi eliminado
na 2ª fase da Copa Caribenha, ficando atrás de Jamaica e Granada. Em 2010, o
time ficou fora da Copa do Mundo, e novamente foi eliminado na 2ª fase do
certame caribenho, dessa vez atrás de Cuba e novamente de Granada. Outro réves
foi a eliminação nas eliminatórias para a Copa de 2014. O time ficou em segundo
em seu grupo, com 12 pontos, atrás da surpreendente Guiana, em uma briga pau a
pau, com a vantagem de apenas 1 ponto do líder, sem falar na participação de
Bermuda, que conquistou 10 pontos. Assim como os jamaicanos, os Soca Warriors
também possuem jogadores atuando fora do país, sobretudo na Europa, sendo
Kenwyne Jones, companheiro do jamaicano Fuller no Stoke City, uma das
esperanças do treinador Hudson Charles.
Dessas
duas seleções pra baixo, as restantes ou venceram apenas 1 edição da competição
ou fizeram campanhas de destaque. Pra ser mais específico, apenas 4 seleções
conquistaram a Copa Caribenha; as já citadas Jamaica e Trinidad e Tobago, e
Martinica e Haiti. Martinica é um caso único no futebol; o país é uma possessão
francesa, logo, não pode ser filiada à FIFA, o que a impede de participar de
eliminatórias para a Copa do Mundo. Para a FIFA, atletas que nasceram na ilha
podem representar a seleção francesa. Porém, para a CONCACAF, atletas que
chegaram a representar a França nos últimos 5 anos não podem representar
Martinica nas competições organizadas pela entidade. Les Martinino conquistaram
a Copa do Caribe em 93, mas a última grande campanha foi um 3° lugar em 2010, ano
em que conquistaram a alternativíssima Coupe de L’Outre-Mer, competição que
reúne as possessões ultramarinas da França. De lá pra cá, a seleção pouco
atuou, o que não a credencia a realizar um bom papel nessa edição do torneio,
ainda que possuam jogadores de algum destaque, como os meias Rodrigue César e
Gaëtan Sidney, que jogam respectivamente no Istres e no Nancy, ambos da 2ª Divisão
Francesa.
Sobre
o Haiti, podemos dizer que é uma seleção extremamente tradicional na região. Os
haitianos venceram a competição em 2007, e ainda colecionam o vice em 2001 e dois
terceiros lugares seguidos, em 98 e 99. Além disso, a seleção haitiana já
participou da Copa do Mundo, chegando a estar derrotando a Itália, mesmo que
por alguns minutos apenas. Uma boa campanha na Copa Caribenha talvez apague a
frustralção pela eliminação das eliminatórias para a Copa do Brasil, em que a
equipe, com 13 pontos, ficou 2 atrpas de Antigua e Barbuda. Mas não podemos
ignorar que o país está em uma situação difícil, e futebol talvez não seja a
prioridade do país. Tanto é assim que infelizmente cerca de 30 pessoas que eram
integrantes da seleção, entre jogadores e assistentes, faleceram no terremoto
que atingiu o país em 2010. O técnico do Haiti é o brasileiro Edson Tavares,
que não é muito conhecido por aqui por ter trabalhado a maior parte de sua
carreira na Ásia. Sinal da globalização, existem diversos haitianos jogando
fora do país, espalhados pelo mundo, ao contrário do que poderia se supor, que
apenas o futebol francês acolhessem jogadores haitianos. Pra se ter ideia, há 2
jogadores do país no futebol argentino; o capitão Judelin Aveska, zagueiro do
Independiente Rivadavia e o jovem atacante Sony Norde, do Boca Juniors, que
está por empréstimo no Estudiantes de Altamira, do México.
Depois
dessa fase de grupos, haverá uma outra, com 3 grupos, e os cabeça de chave
desses grupos são as seleções melhor ranqueadas; no caso Cuba, Granada e
Guadalupe. A ordem dos grupos será essa;
Grupo G
Granada
Líder do Grupo A
Líder do grupo B
Segundo colocado do Grupo E ou F
Grupo H
Guadalupe
Líder do Grupo C
Líder do Grupo D
Segundo colocado do grupo A ou B
Grupo I
Cuba
Líder do Grupo E
Líder do Grupo F
Segundo colocado do grupo C ou D
A seleção de Granada vêm realizando boas campanhas na competição, chegando na final de 2008 e nas semifinais de 2010. Na primeira perdeu da Jamaica e na segunda para Cuba. Entretanto, na briga por uma vaga na Copa do Mundo, a equipe ficou em último em um grupo com Guatemala, Belize e São Vicente e Granadinas. Com certeza foi um revés, mas o plano para o futebol do país é a longo prazo, e afirmamos isso por causa do comando de Mike Adams, que está na federação nacional desde 2004. A maior parte dos jogadores atua no futebol do país, com poucas exceções, caso de Jason Roberts, experiente atacante de 34 anos que ajudou o Reading a atingir a Premier League.
Guadalupe, a cada edição do torneio caribenho, melhora sua campanha; 4ª em 2007, 3ª em 2008 e vice-campeã da edição passada. Se a mística continuar, podemos colocá-la como uma das favoritas ao título. Para além da sorte, a seleção guadalupiana (é isso mesmo?) possui um plantel interessante, com vários jogadores atuando no futebol francês. A seleção de Guadalupe passa pela mesma situação de Martinica; por ser um território ultramarino francês, não pode competir em torneios da FIFA, nem pleitear uma vaga na Copa do Mundo. Ainda que o técnico Roger Salnot tenha a disposição jogadores como Cédric Collet, Brice Jovial e Richard Socrier, todos jogando na 1ª Divisão Francesa (no recém promovido Reims, Dijon e Ajaccio, respectivamente), o maior artilheiro do atual plantel é Ludovic Gotin, que atua no campeonato nacional, no Le Moule. Gotin anotou 12 gols pela seleção nacional, o que o torna a referência natural no ataque da equipe.
Em relação aos cubanos, seu caso é peculiar. Todos os atletas da seleção atuam no futebol nacional. A seleção cubana possui atletas experientes, como volante Yoel Colomé (jogador do atual elenco com maior número de partidas, com 50) e o atacante Alain Cervantes, que com 32 gols é o artilheiro da seleção. Os comandados de Alexander "Chandler" González têm história na competição, e algo estranho, que talvez possa ser chamado de mística; por 3 vezes, os cubanos conquistaram cada uma das primeiras colocações da competição, exceto o 1º lugar. Colocando em miúdos, foram 3 vices, 3 medalhas de bronze e por 3 vezes terminaram em 4º. Se considerarmos a última Copa Ouro como parâmetro para estabelecer até onde os cubanos podem chegar, os Leones terão problemas; a equipe foi a última colocada de um grupo com México, Costa Rica e El Salvador, levando 16 gols e marcando apenas 1. Ainda que pareça ruim, e de fato é, já representa uma melhora no nível do futebol do país, que na preferência do cidadão cubano, está atrás de uma infinidade de esportes, do boxe ao vôlei, e principalmente o beisebol.
Grupo G
Granada
Líder do Grupo A
Líder do grupo B
Segundo colocado do Grupo E ou F
Grupo H
Guadalupe
Líder do Grupo C
Líder do Grupo D
Segundo colocado do grupo A ou B
Grupo I
Cuba
Líder do Grupo E
Líder do Grupo F
Segundo colocado do grupo C ou D
A seleção de Granada vêm realizando boas campanhas na competição, chegando na final de 2008 e nas semifinais de 2010. Na primeira perdeu da Jamaica e na segunda para Cuba. Entretanto, na briga por uma vaga na Copa do Mundo, a equipe ficou em último em um grupo com Guatemala, Belize e São Vicente e Granadinas. Com certeza foi um revés, mas o plano para o futebol do país é a longo prazo, e afirmamos isso por causa do comando de Mike Adams, que está na federação nacional desde 2004. A maior parte dos jogadores atua no futebol do país, com poucas exceções, caso de Jason Roberts, experiente atacante de 34 anos que ajudou o Reading a atingir a Premier League.
Guadalupe, a cada edição do torneio caribenho, melhora sua campanha; 4ª em 2007, 3ª em 2008 e vice-campeã da edição passada. Se a mística continuar, podemos colocá-la como uma das favoritas ao título. Para além da sorte, a seleção guadalupiana (é isso mesmo?) possui um plantel interessante, com vários jogadores atuando no futebol francês. A seleção de Guadalupe passa pela mesma situação de Martinica; por ser um território ultramarino francês, não pode competir em torneios da FIFA, nem pleitear uma vaga na Copa do Mundo. Ainda que o técnico Roger Salnot tenha a disposição jogadores como Cédric Collet, Brice Jovial e Richard Socrier, todos jogando na 1ª Divisão Francesa (no recém promovido Reims, Dijon e Ajaccio, respectivamente), o maior artilheiro do atual plantel é Ludovic Gotin, que atua no campeonato nacional, no Le Moule. Gotin anotou 12 gols pela seleção nacional, o que o torna a referência natural no ataque da equipe.
Em relação aos cubanos, seu caso é peculiar. Todos os atletas da seleção atuam no futebol nacional. A seleção cubana possui atletas experientes, como volante Yoel Colomé (jogador do atual elenco com maior número de partidas, com 50) e o atacante Alain Cervantes, que com 32 gols é o artilheiro da seleção. Os comandados de Alexander "Chandler" González têm história na competição, e algo estranho, que talvez possa ser chamado de mística; por 3 vezes, os cubanos conquistaram cada uma das primeiras colocações da competição, exceto o 1º lugar. Colocando em miúdos, foram 3 vices, 3 medalhas de bronze e por 3 vezes terminaram em 4º. Se considerarmos a última Copa Ouro como parâmetro para estabelecer até onde os cubanos podem chegar, os Leones terão problemas; a equipe foi a última colocada de um grupo com México, Costa Rica e El Salvador, levando 16 gols e marcando apenas 1. Ainda que pareça ruim, e de fato é, já representa uma melhora no nível do futebol do país, que na preferência do cidadão cubano, está atrás de uma infinidade de esportes, do boxe ao vôlei, e principalmente o beisebol.
Saindo dos favoritos, não é possível falar de futebol caribenho sem falar Montserrat. O país como um todo está passando por um processo de reestruturação, devido a uma erupção que ocorreu anos atrás e forçou o êxodo de milhares de moradores da ilha, e logicamente o futebol também está sendo afetado, tanto pela tragédia como pela reconstrução. Depois
de ficar em último no seu grupo, pela fase qualificatória do torneio de 2010, a seleção do
país quer fugir da inglória última colocação do ranking da FIFA. O futebol do
país é amador, logo, os destaques são os atletas profissionais, que atuam em
outros países, sobretudo na Inglaterra, que são 6 ao todo, incluindo que atua
na Irlanda. Destaque para Jaylee Hodgson, que joga no Shepshed Dynamo, da 8ª
divisão inglesa, e a quem temos como amigo no Facebook.
Seja como for, um
bom parâmetro para se avaliar as possibilidades das seleções são as
eliminatórias para a Copa, onde elas encontram rivais mais fortes que os vistos
no Caribe. A Guiana foi uma surpresa, passando para a próxima fase das
eliminatórias. Os Jaguares de Ouro contêm jogadores que atuam apenas no futebol
local ou americano, o que torna a campanha ainda mais surpreendente, e pode ser
um indício da evolução do futebol do país. Podemos destacar o meia Shawn
Beveney, do Caledonia de Trinidad e Tobago, que com 22 gols marcados é o atleta
da atual seleção que mais fez gols. No mesmo grupo da Guiana,
Bermuda não fez feio. O mesmo ocorreu em Antigua e Barbuda, que tem um projeto
no mínimo curioso para o futebol, mas muito usado no rugby; o técnico Tom
Curtis divide a função entre o cargo na seleção nacional e o de técnico do
Antigua Barracuda, único time profissional do país...que compete na 3ª Divisão
do campeonato norte-americano. Dos jogadores que atuam no país, apenas o
goleiro Tahari Lewis e o meia Jamie Thomas não jogam no Barracuda (eles defndem
o All Saints Utd e o Bassa SC). O artilheiro do time é Peter Byers, do Barracuda,
com 23 gols em 36 partidas, que divide o protagonismo com o zagueiro e capitão
Geogre Dublin...que também joga no Barracuda. Os que não defendem o principal time do país (ou os outros dois clubes), atuam no futebol inglês, com destaque para
Mikele Leigertwood do Reading e Dexter Blackstoock do Nottingham Forest, ambos atletas
muito úteis para suas equipes.
A República Dominicana foi um adversário duro
para o mais tradicional El Salvador, que nesse mesmo grupo venceu os dois jogos
contra Suriname por placares expressivos; 1 x 3 em Paramaribo (em jogo vistoi
por 500 pessoas) e 4 x 0 em San Salvador (com público beirando os 10,000).
Porto Rico e São Cristovão e Neves seguraram empates com o Canadá, com destaque
para os portoriquenhos, que seguraram o ataque candense em plena Toronto. As
demais equipes não tiveram um desempenho satisfatório nas eliminatórias, mas
talvez com as lições aprendidas, e sem a presença dos rivais da América Central
e do Norte (que querendo ou não, são melhor estruturados e contam com mais
tradição no futebol), possa haver espaço para surpresas. Estamos esperando
ansiosamente que consigamos achar um meio de ver essa
competição pela internet, pois dificilmente algum canal aqui vai passar Suriname x Aruba...