domingo, 28 de abril de 2013

Guia da Segunda Divisão Paulista 2013 - União Mogi



O ano do centenário tende a ser um ano especial, não sem razão. Esse será o caso do União em 2013, que usará a motivação dessa efeméride para buscar dias melhores. Contudo, a motivação por si só e insuficiente, mas o União mostra mais do que isso.



Nome: União Futebol Clube

Fundação: 07/09/2013

Cidade: Mogi das Cruzes (387,779 habitantes - IBGE 2010)

Estádio: Municipal Francisco Ribeiro Nogueira, popularmente conhecido como Nogueirão (capacidade para 10 mil pessoas)

Títulos: Segunda Divisão (2006)


Ao contrário de 2012, quando a equipe partia para a disputa da Segundona em uma situação um tanto quanto periclitante, o otimismo é a tônica de 2013, tanto é verdade que não se esconde de ninguém que a meta é subir para A3. Essa linha de pensamento faz parte do programa "União na Mais Alta Divisão", que visa colocar a Serpente do Tietê na A1 do Paulista, para a partir daí, poder alcançar competições de âmbito nacional. De fato é um plano bem ambicioso, como a muito não se via, especialmente nessa divisão. A pedra fundamental desse programa é o planejamento a longo prazo, e os parceiros do União (que vão de empresas privadas até o poder público - que cabe salientar que não investirá dinheiro público no time, mas ajudar na captação de recursos) estão cientes disso, assim como estão cientes de que a torcida tem papel importante nesse processo. Foi lançado um programa de sócio-torcedor (medida que já não é tão rara entre os clubes dessa divisão), que virá com ações de marketing, provavelmente em cima do centenário.

Como era de se esperar, todo esse investimento está gerando expectativas, e como já dissemos, o objetivo é o acesso, logo, será necessário montar um time à altura de tais expectativas. A bem de verdade, os nomes que o União dispõe não são dos mais conhecidos, mas de todo jeito, esse é o cenário geral da competição, então, não é algo propriamente ruim. Nesse ínterim, destaco o atacante Jefferson Chumbinho, vindo do Comercial - MS, que no entender do técnico Paulo Mulle, será a referência no ataque do time, isso no alto de seus 27 anos (vale lembrar que essa é uma competição sub-23, que permite que 3 atletas acima dessa idade estejam em campo). Sobre o treinador, Mulle (que é conhecido na região, pois treinou o ECUS em 2011) trabalha com o time desde janeiro desse ano, e pôde realizar uma série de amistosos contra equipes que compõem essa divisão, e até que se prove o contrário, saiu invicto (explica-se; o time empatou em 0 x 0 com o Atibaia e venceu o Guarulhos por 1 x 0. Outros dois amistosos foram disputados, contra o São Bernardo e o Grêmio Mauaense, mas não pude encontrar os resultados dessas duas partidas).

O primeiro passo já foi dado; empate fora de casa contra um desestabilizado Jacareí. A próxima partida será o dérbi da cidade, contra o Atlético Mogi, e a partir daí poderemos ter uma ideia precisa do que o União pode fazer.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Pesquisar e Compreender

Há um tempo atrás, o portal lusitano Futebol Magazine publicou uma reportagem afirmando de maneira categórica que a maior parte dos 1000 gols que Pelé fez foram em jogos amistosos, ou de torneios inferiores. Antes de continuar, logo digo; não procuro defender a imagem do dito Rei do Futebol, nem dar uma de ufanista. Pelé foi um grande jogador e ponto, não me interessa se ele é considerado ou não o melhor da história, nem defender ou questionar qualquer outra marca que ele possa ter atingido. Para dizer que um é melhor que outro, é necessário comparação, e isso é problemático, sem falar que é um porre.

Isso dito, vamos às considerações. No estudo, os membros do FM afirmam, não sem razão, que a maior parte dos gols de Pelé foram em campeonatos estaduais, mais especificamente, o Paulista. Como é sabido, os Estaduais são uma exclusividade do Brasil. Assim sendo, partiram do princípio de que os aletas europeus estariam em desvantagem, já que um campeonato regional não pode ser considerado como nacional, além de possuir um nível mais baixo. Além do mais, a partir do momento em que a Taça de Prata e o Roberto Gomes Pedrosa foram efetivados como edições do Campeonato Brasileiro, os europeus passaram a contar os gols de Pelé nesses torneios, deixando os feitos no Paulista em 2º plano, ou simplesmente como "não oficiais".

Tendo isso em vista, afirmo que há um desconhecimento geral sobre a organização do futebol brasileiro, e não culpo os europeus disso; eles não tem nenhuma obrigação de conhecer isso aqui, assim como eu ignoro como funcionou, funciona e pode funcionar as divisões inferiores do campeonato português. Contudo, cabe salientar que caso eu vá publicar algo sobre qualquer campeonato de qualquer rincão do mundo, além de seu funcionamento, devo entender seu significado subjetivo, além do contexto do país no período.

Na época de Pelé, os Estaduais possuíam uma imensa importância, além de possuírem um nível técnico maior do que se supõe. Outro ponto é que ao contarem os dois campeonatos nacionais de então, cabe dizer que eles eram bem mais curtos que os campeonatos europeus do período. Vamos aos números.

Na Taça Brasil, times do eixo Rio - São Paulo poderiam ser campeões com apenas 4 jogos disputados. Em contrapartida, os clubes das demais regiões do país, como por exemplo o Bahia, que venceu a primeira edição do torneio, em 59, disputou 10 partidas, bem mais que o campeão de 64, o Santos, e bem menos que qualquer campeão da Bundesliga no período. No Roberto Gomes Pedrosa, o campeão de 67 (Palmeiras) jogou 20 vezes, e até 70, última edição do Robertão, os campeões jogaram 19 partidas. O torneio Rio - São Paulo também foi usado como efeito de comparação. Os regulamentos da época também não primavam pela uniformidade, mas era certo que um time poderia ser campeão com menos de 15 partidas.

O estudo citou o atacante alemão Gerd Müller, então usemos a Bundesliga, campeonato instituído em 63-64, justamente o ano que Müller começou no profissionalismo (no 1861 Nördligen, que militava nas divisões inferiores do país). A Bundesliga sempre foi um torneio de pontos corridos de turno e returno, com 30 rodadas nos dois primeiros anos, expandindo para 34 rodadas, padrão que é usado até hoje. Além disso, havia a Copa da Alemanha, coisa que no Brasil só passou a ocorrer em 89.

No caso brasileiro, se jogava menos nas competições nacionais do que na maioria dos países da Europa. Àquela época, levando-se em consideração as dimensões do território brasileiro, era extremamente difícil organizar um campeonato nacional, o que aumentava a importância das disputas estaduais. Outro ponto é que os estaduais serviam como uma espécie de qualificatório para as disputas nacionais. Nesse bolo todo, ao incluirmos as disputas Nacionais e Estaduais, pode-se dizer que no Brasil se jogava mais. E ainda haviam as excursões promovidas por dirigentes ávidos por lucro. O próprio João Saldanha afirmava (no livro Histórias do Futebol) que se fazia uma excursão para o interior de algum estado para 2, 3 dias depois, ir para uma disputa oficial.

Então podemos dizer que Pelé só marcou tantos gols por ter jogado bem mais que seus concorrentes? Talvez, isso fica à gosto do freguês (mas é fato que grande parte dos gols de Edson saíram desses jogos amistosos). O foco aqui era dizer que; ao se falar de futebol, especialmente o de um outro país qualquer, que se estivesse ciente de suas peculiaridades. Somente.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

La Pelota Virtual

Em todos esses anos de blog, nunca me ocorreu falar de games. Era uma ideia óbvia, mas quantas vezes nós demoramos à ter ideias óbvias? Tenho certeza de que muitos que passam um tempo aqui jogaram, e ainda jogam, algum game do tipo, seja o moderno FIFA 13 ou o Ronaldinho Soccer. Aproveitando a deixa, anuncio que estou colaborando com o ilustre Lucas Prado no blog Era dos Games, contribuindo com análises e outras coisas do gênero. O texto que coloco aqui aborda um game com uma ideia genial; colocar todas as seleções inscritas na FIFA, e permitir que o jogador dispute as eliminatórias e a Copa do Mundo; trata-se de FIFA 98: Road to World Cup. Esse foi só o primeiro de uma série de textos sobre games futebolísticos, mas não tenho nenhuma ideia de sequência, então, sugestões serão bem vindas. 

segunda-feira, 15 de abril de 2013

A 5ª Vaga

É fato sabido que a diretoria do Palmeiras anunciou que encerraria as atividades de seu time B, e a bem de verdade, essa notícia não causou lá muita comoção. Contudo, não dá para negar a importância do Palmeiras B, primeiro (e agora último) time do gênero, além do fato de ter sido um tradicional frequentador das divisões de acesso do futebol paulista. A meu ver, um de seus momentos mais marcantes foi aquele jogo contra o time principal pela Copa São Paulo de 2005.

Mais uma vez a máquina estava indisponível,
forçando o uso do celular, que não decepcionou
Infelizmente, vi muitos times acabarem, mas nenhum deles anunciou com antecedência que iria abandonar as disputas. Assim sendo, não dava para negar que era algo especial, então, lá fui eu pra Javari, onde o time mandou suas partidas nos últimos tempos. O adversário seria o Sertãozinho, e muita coisa estava em jogo. Era a última rodada da 1ª fase da A3, e ainda faltava definir quem iria para a 2ª fase e quem seria rebaixado, além é claro daqueles que não almejavam mais nada. A partida em questão não era "somente" a última do Palmeiras B, mas estava valendo a vaga para o Touro dos Canaviais, além de mais um rebaixamento para a agremiação do Palmeiras, o que vêm se tornando pitoresco.

Tudo isso contribuía para que o ambiente pudesse ganhar um ar melancólico, ainda por cima pelo fato de tal partida ter tido apenas 58 pagantes, com renda total de pouco mais que R$ 700. Dentre estes 58, lá estavam os companheiros Folego, Colucci, Pucci, Professor Cosme, Orlando e Fernando (os dois últimos membros do Jogos Perdidos), esperando uma vitória do Palmeiras. Por quê? A decisão do Palmeiras B acabar é irreversível, e caso permanecesse na A3, deixaria como legado uma 5ª vaga para acesso na Segunda Divisão, afinal, a A3 2014 não poderia ficar com 19 clubes. Dos males, o menor.

Sobre o jogo em si, o Sertãozinho começou melhor, mas em uma rápida troca de passes, Juninho marcou em um belo chute cruzado, aos 7 min. A partir daí, a partida ficou equilibrada, e o Sertãozinho empatou oas 25, com Piter, em um lance que não vi, pois estava acompanhando os demais resultados e a classificação, mas quem viu afirma que foi frango do arqueiro Geovanni. Pouco tempo depois, ainda no primeiro tempo, nos 38, Chico de pênalti, virou para o Palmeiras, e assim com um 2 x 1, a partida foi para o intervalo, e um clube qualquer da Segundona sonhava com uma chance a mais.

Ingresso do jogo...
O 2° tempo parecia que ia começar de maneira tão equilibrada quanto o 1º acabou, mas um lance fortuito tratou de acabar com essa impressão. Um descabeçado mete a mão na bola de maneira totalmente desconexa, e o árbitro apontou para a marca do cal, de maneira relutante, e depois de muitos berros, e o tiro foi desferido por Pedrão, aquele mesmo, aos 3 minutos. Até aquele momento, era o melhor jogo da rodada. Quem quer que pensasse que o Palmeiras B iria tirar o pé, por uma parte significativa do time não ter ideia do que faria após a A3, estava se enganando. O time teve brio, sempre buscando o resultado, que veio com o 3º gol, marcado por Marcos Paulo, 7 minutos após o empate do Sertãozinho. O time não queria cair, prova disso é que Geovanni, sempre que seu time ia ao ataque, perguntava para nós qual era a situação de momento. Jogadores perguntando resultados para o público presente...coisas da Javari vazia. Naquele momento, o Palmeiras B permanecia, e quem cairia seria o tradicional América, que faria companhia ao São Vicente (que bateu e voltou), Barretos (que bateu por pouco mais tempo, e também vai voltar) e pelo União São João (que ao que tudo indica, não vai voltar - para o topo - tão rapidamente). Da parte do Sertãozinho, o clube grená estava ficando de fora da 2ª fase, lugar que até algumas rodadas atrás era seu, de maneira inquestionável, mas que com algumas pixotadas, a situação periricava. Deixou de periricar com o gol de Adriano, quase o final do jogo, depois de um abafa lascado, além da bola ter rebatido em um sem número de jogadores antes de entrar nas redes.

...e a FPF ainda mata o fã de futebol. Os vinte mangos
cobrados na entrada devem ter colaborado
para afasta o público.
Logo após que os jogadores do Palmeiras levaram a bola para o meio de campo, Geovanni nos perguntou "e agora?", e respondemos "está caindo, só vai sair se vencer", e teve como tréplica uma careta, afinal, o jogo já nos 43. Ainda deu tempo entre um entrevero envolvendo Pedrão e um reserva do Palmeiras,  que há de se admitir, tinha cojones, pois era muito mais baixo que o 11 do Sertãozinho, além estar com o braço quebrado. O resultado de tudo isso é que depois de algumas desinteligências, Pedrão, e mais algum, que eu não consegui perceber quem era, foram expulsos. Nem com os acréscimos o time teve forças para buscar o resultado.

Assim acabava o Palmeiras B, com um empate com gosto de derrota. Da parte do Sertãozinho, a equipe vai continuar no certame, e agora irá dividir o grupo 1 com São Bento, Inter de Limeira e Itapirense. Em relação à Segundona, esta terá apenas 4 vagas para acesso. Não sou bom com epílogos, mas é estranha a sensação de que não irá mais se ver uma equipe, ainda que esta encarne uma outra com muita visibilidade. Acho que é uma boa deixa para acabar isso agora.

sábado, 13 de abril de 2013

Futebol no Quirguistão


No espaço de um ano, o Quirguistão saltou do 195º lugar do Ranking da FIFA para a 142ª posição. Pouco expressivo, de fato, mas a coisa ganha mais significado quando vemos que é a seleção que mais ganhou posições entre abril de 2012 e abril de 2013.

O país nunca se destacou no futebol soviético, jamais colocando nenhum representante em toda a história do campeonato local. Nesse pouco honroso retrospecto, fazem companhia com o Turcomenistão. Ainda assim, o futebol quirguiz naquele período era melhor que o atual. Saudosistas lembram de como o estádio Spartak ficava lotado quando os dois maiores rivais do país se encontravam; FC Alga Bishek e FC Alai, de Osh. No Quirguistão, a divisão entre Norte e Sul é muito clara, e cada um desses clubes representava esse regionalismo; o Alga era do Norte, e o Alai, do Sul.

Com a dissolução da União Soviética, o Quirguistão finalmente teria um campeonato para chamar de seu, assim como uma seleção nacional, mas os tempos eram outros, e muitas dificuldades vieram. Falemos primeiro da seleção em si.

O primeiro jogo foi em 23/08/92, contra o Uzbequistão, na casa do rival, e terminou com uma derrota de 3 x 0. A primeira vitória só viria em 96, mais especificamente no dia 02/02, em um 3 x 1 aplicados Iêmen, nas eliminatórias para a Copa da Ásia, que foram disputadas na Arábia Saudita. A partir disso, vieram mais 16 vitórias, um número razoável de empates e uma quantidade quase incontável de derrotas. O maior sucesso do time foi um 3º lugar na AFC Challenge Cup (torneio destinado às seleções tidas como emergentes no cenário asiático) em 2006.

Em relação aos clubes, o cenário também não é dos melhores. Com o advento da economia de mercado, tanto Alga quanto Alai perderam espaço para equipes financiadas por grandes corporações, sendo o maior exemplo disso o Dordoi Bishek, atual campeão do país, que tem um total de 10 títulos, sendo que 6 foram conquistados de maneira consecutiva. O Dordoi pertence à maior rede varejista da Ásia Central, a Dordoi Bazaar. Para ser mais exato, A Dordoi Bazar é um mercado popular, uma espécie de Mercadão do Brás, só que mais organizado, gigante (reza a lenda que o negócio possui mais de 1km de extensão), que revende produtos chineses para a população quirguiz, além de seus vizinhos. Outros times que apresentam crescimento no futebol quirguiz ou pertencem à empresas ou recebem apoio político, caso do já citado Alga, que após passar por uma grande crise, passou a receber apoio do governo da capital, mais como maneira de auto-promoção dos estadistas do quê incentivo ao esporte em si.

Nessa toada, o Alga (que é 2º maior vencedor do campeonato nacional, com 5 conquistas), é o maior detentor de títulos da Copa do Quirguistão, com 8 conquistas. Um rápido adendo sobre a Copa do Quirguistão; o Alga é o maior vencedor, mas o Dordoi vêm logo atrás, com 5 conquistas. Outro destaque vai para o FC Zhasthyk-Ak-Altyn Kara-Suu, que representa a cidade descrita na última palavra de seu nome. O Clube ostenta o inglório recorde mundial de perder 6 finais consecutivas, além de ter perdido mais uma em outra ocasião.

Fugindo das curiosidades, a quantidade de torcedores quirguízes diminuiu, se levarmos em consideração os relatos de pessoas que vivenciaram o esporte nos tempos soviéticos, mas o futebol já superou alguns esportes tradicionais, como disputas à cavalo e lutas, basicamente por motivos simples; basta um espaço razoavelmente plano e uma bola. Pelos relatos obtidos, percebe-se que há um consenso entre torcedores, dirigentes e atletas sobre o que fazer para melhorar o nível do futebol local; maior investimento nas categorias de base. Isso é uma solução óbvia para qualquer lugar, mas o desafio quirguiz é como fazer isso em uma economia que não é das mais expressivas.

Para nós aqui do Ocidente, e de certa forma para os países mais próximos do Quirguistão, informações são raras. Já é sabido que o país foi eliminado nas qualificatórias para a Copa do Mundo de 2014, isso ainda em 2011 (o algoz foi o Uzbequistão, que aplicou 7 x 0 no placar agregado). É difícil cravar se o futebol do país dará aquele "salto-evolutivo".

Ah, creio ser necessário responder a pergunta; como um país que possuí tanta dificuldade no futebol conquistou tantas posições no Ranking da FIFA. Basicamente, os quirguízes venceram a maior parte das partidas que disputaram nesse espaço de tempo (relembrando, abril de 2012 à abril de 2013), que foram 4 no total. De fato, as seleções tidas como alternativas jogam pouco, e os resultados não são dos mais expressivos; vitórias contra Tadjiquistão, Macau e Paquistão, todas pelo placar simples. O único revés se deu contra o Cazaquistão, em 2012; um 5 x 2 para os cazaques, que atuavam de mandantes. Realmente não é muito, mas este deve ser um bom momento para o futebol quirguiz.

terça-feira, 9 de abril de 2013

Guia da Segunda Divisão Paulista 2013 - Taboão da Serra


Quando a FPF divulgou a lista das equipes que participariam do certame, o nome do Taboão da Serra não estava entre elas. O rebaixamento da A3 de 2012 complicou, e muito, a situação financeira do clube, e uma ausência não seria improvável. Contudo, essa lista da FPF surpreendeu até mesmo os mandatários da agremiação, que fizeram uns corres e eis que o CATS foi incluso, e dá pra dizer que o objetivo do Cão Pastor vai muito além de simplesmente disputar a competição.


Nome: Clube Atlético Taboão da Serra

Fundação; 12/12/1985

Cidade; Taboão da Serra (244, 719 habitantes)

 Estádio; Municipal Vereador José Feres (capacidade para 7,000 viventes)


Títulos; Paulista B2 (2004) e Paulista da Segunda Divisão (2010)


Para esse ano, o Taboão da Serra está montando um dos plantéis mais experientes de toda a competição. O clube acertou as contratações do atacante Toninho e do meia Kanú, do lateral Zanella e do goleiro Sérgio, aquele mesmo, que prestou bons serviços por muitos anos no Palmeiras. A equipe disputou um amistoso com o Corinthians na Fazendinha (4 x 0 para os mandantes, sendo que 3 gols saíram no 2º tempo, quando o Taboão mandou os reservas pro jogo), em que o avançado Bina, que fez parte do elenco do CATS campeão da Segundona de 2010, jogou, mais para manter a forma. Se não aparecer nenhuma outra proposta, é possível que Bina volte a envergar a camisola do CATS. No comando disso tudo aí está o técnico Moisés Macedo, que esteve à frente do clube no ano passado.

Todos são jogadores com muita tarimba, fato, mas tradicionalmente, o Taboão aposta muito nas categorias de base. É difícil dizer se essa será a tônica desse ano, mas o clube já pensa no futuro ao fechar parceria com a prefeitura e com as escolinhas de futebol da cidade. Tanto é assim que cerca 600 jogadores, a maioria sub-17, fizeram testes para o clube, sendo que alguns foram selecionados para integrar as categorias de base do clube. O resultado disso será visto nas próximas edições, então, só nos resta aguardar, e enquanto se aguarda, olhemos para coisas mais imediatas.

Para agora, uma novidade é que a prefeitura fala em trocar o relvado do Feresão, passando a adotar a grama sintética, que julgam ser de manutenção mais barata. Caso isso se confirme, será uma dificuldade à mais para os adversários, que num primeiro momento (que pode vir a ser o único momento do time na competição), serão Desportivo Brasil, Elosport, Cotia e Osasco. 

Em relação aos seus adversários de Grupo 5, o Taboão tem totais condições de buscar a classificação. Já em relação à acesso, fica um pouco difícil colocar o clube entre os favoritos, pois apesar de ter jogadores experientes, não se foi falado muito de "conjunto", coisa que outras equipes podem dizer que tem. É pouco conclusivo, de fato, mas só resta esperar.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Fotos - Corinthians de Santo André, década de 50


Essa é uma foto do Corinthians FC, de Santo André, da década de 50 (pelo menos foi o que o dono da foto supõe). A partida é contra o São Paulo, um amistoso realizado no estádio Américo Guazzeli, em Santo André. O espaço do estádio ainda existe, mas sofreu alterações, dado que o Corinthians atualmente é um clube social. O dono da foto imagina que ela seja da época citada pelo fato da camisa ser extremamente parecida com a que foi usada na partida que o Corinthians jogou com o Santos, que ficou marcada pelo 1º gol profissional de Pelé. É para se confiar, afinal, a pessoa com quem consegui isso foi não só testemunha ocular do fato, como foi o escrivão responsável por registrar os dados da partida nos arquivos da Liga Santoandreense de Futebol, Sr. Nelson Cerchiari, o ilustre torcedor do Santo André. Infelizmente ele não pôde se lembrar de parte do nome dos atletas que compõem a foto.

A foto está pequena, fato, mas o blogspot não permite mais uma regulagem "manual" das fotos, dando sim tamanhos pré-definidos, mas é só clicar na foto que está tudo certo. 

Quem quer que conheça, ou tenha jogado nesse time, que possa ajudar, sinta-se à vontade à fazê-lo (serão levados em consideração todos as pessoas perfiladas, entre jogadores, membros da comissão técnica e diretores, exceto esse sujeito de óculos na extrema esquerda, que mais parece estar perdido na foto) ;

De pé: ???, ???, ???, ???, ???,  Orlando, Waldemar , ???, ???, ???

Agachados: Armandinito, ???, ???, ???, ???, Wilson Apolônio, ???

domingo, 7 de abril de 2013

Camisas - XV de Indaiatuba

Bendita agenda, essa que me tira tempo de postar aqui com a frequência desejada. As coisas se acertaram (pelo menos creio que), e vou poder voltar a escrever aqui rotineiramente. Essa semana, tive uma ideia, que a muitos pode ter sido óbvia, mas confesso que nunca havia me passado pela cabeça. Tenho algumas camisas aqui no meu acervo, a maior parte de clubes que militam, ou que militaram, no futebol paulista. Ora, por quê não escrever sobre elas? Afinal, tenho algumas aqui que ignoro quando foram feitas, e principalmente, desconheço muita coisa sobre esses clubes, e tenho esperança de que alguém que saiba algo passe por aqui e deixe sua contribuição.

Pelo título do post, já dá para saber qual é a camisa de hoje; do Esporte Clube XV de Indaiatuba, que já dividiu as atenções da cidade com o Primavera.

Fundado em 1949, resultado de uma fusão entre dois clubes da cidade (o Operário e o 13 de Maio), teve como inspiração o mais famoso XV do Brasil, o de Piracicaba, o que não deixa de ser curioso, afinal, geralmente os clubes da capital servem como inspiração. Na maior parte de sua história, o XV de Indaiatuba militou no futebol amador da cidade, onde está até hoje. Contudo, nos primórdios de sua existência, se dedicou à bocha, pois não haviam muitos espaços disponíveis na cidade para a prática do futebol, até que o Primavera (muito gentilmente, diga-se de passagem), permitiu que se usasse sua cancha, o Ítalo Mario Limongi, o que durou pouco, pois já em 52 o time conseguiu um espaço próprio. Além da experiência bochófila, o clube participou em competições organizadas pela FPF, em tempos em que a entidade era mais democrática. Na procura por dados sobre esses campeonatos, encontrei uma divergência de dados; algumas fontes apontam que o clube participou somente de uma edição, à de 73, enquanto outras, apontam duas participações, mas ainda assim, há divergências; algumas apontam 76 e 77, outras, dão como certo que o clube disputou as edições de 76 e 78.



O clube ainda se mantêm no mesmo estádio, àquele que foi inaugurado em 52, onde provavelmente mandou os jogos do(s) Paulista(s) que disputou, o qual é simplesmente conhecido como "Estádio do XV de Novembro". Em torno do estádio fica a sede social do clube, um espaço de 15 mil metros quadrados que é constantemente assediado por empreiteiras, graças à especulação imobiliária, afinal, além do tamanho do terreno, o patrimônio do XV está em um local bem localizado na cidade. Seja como for, a agremiação manda seus jogos lá. Seu último título foi o título municipal de 2004, que era organizado pela LIDI (Liga Regional Desportiva Indaiatubana), que deu lugar à AIFA (Associação Indaiatubana de Futebol Amador), que foi fundada em 2006, à qual o próprio XV é membro fundador (mas ainda não ganhou nenhum título organizado pela entidade máxima do futebol indaiatubano).



Sobre a camisa em si, evidentemente ela não é da época do profissionalismo. É difícil determinar o período em que ela foi feita, logo, se alguém tiver ideia aproximada do ano, contribua. A consegui em um bazar de roupa usada em Santo André, por um valor módico, o qual não lembro, e que incluiu uma outra camisa, do Uberaba.

Certamente seria muito bom rever o clube no futebol profissional, mas a diretoria do clube afirma que não pretende ingressar em nenhuma disputa do tipo, dado os valores simplesmente proibitivos para tal empreitada. Assim sendo, nos resta ver o XV atuando no futebol amador da cidade, e buscando um tão sonhado título. Uma oportunidade pode vir logo esse mês, com a 7ª Copa AIFA de Futebol de Campo, que deve ser uma competição muito interessante,competição essa que gostaria muito de poder ver de perto.