domingo, 27 de maio de 2012

Copa Caribenha 2012


Em tempos de Eurocopa, muito se fala nesse torneio, afinal, reúne algumas das melhores seleções do mundo. Mas época de Euro também é época de competições menos chamativas, se assim podemos dizer, e esse é o caso da Copa Caribenha. Como já deve dar para perceber pelo nome, essa competição reúne as equipes do Caribe, região que está sob a administração futebolística da CONCACAF. Poucas são as seleções de tradição da região, a maioria delas faz parte do segundo escalão pra baixo do futebol da América do Norte, mas nem por isso é um torneio menos interessante que a Euro ou a Copa da Ásia. Essa é uma oportunidade de ver (pra quem conseguir) diversas realidades e estilos de jogo, é algo simplesmente único. O certame dá vaga para a Copa Ouro, que é o torneio de elite da CONCACAF.


Tentamos falar dos favoritos, ou equipes com algum destaque, e esperamos que tenha ficado razoavelmente bom, mas sabemos que não está próximo do ideal. Assim sendo pedimos que os especialistas em futebol caribenho de plantão comentem e participem, afinal, venhamos e convenhamos, não é muito fácil encontrar informações sobre essa competição. Sem mais delongas, aproveitem;

Grupo A
Bahamas
Bermuda
Ilhas Cayman
Haiti

Grupo B
Ilhas Virgens Britânica
República Dominicana
Porto Rico
Ilhas Virgens Americanas

Grupo C
Curação
Guiana
Santa Lúcia
São Vicente e Granadinas

Grupo D
Martinica
Guiana Frances
Montserrat

Grupo E
Aruba
Barnados
Dominica
Suriname

Grupo F
Anguilla
São Martin
São Cristovão e Neves
Trinidad e Tobago;

Como já dissemos, será muito difícil falar de cada uma dessas equipes, mas isso não nos desencorajará, e tentaremos fazer o melhor possível. Lembrando que a competição começará apenas em agosto, o que nos dará muito tempo para pesquisarmos, pensando em falar sobre cada um dos participantes, ou pelo menos do maior número possível.

Os favoritos são Trinidad e Tobago e Jamaica. Os dois países são os maiores vencedores da competição, com 8 e 5 conquistas, respectivamente. A Jamaica está passando por um processo de renovação, comandada por Theodore Withmore desde 2009. Withmore era meio-campista e barman, e representou o país na Copa da França. Vários jogadores atuam no futebol europeu, com destaque para o zagueiro  Claude Davies, do Crawley Town, da 3ª Divisão inglesa. Davies é o jogador do atual elenco jamaicano que mais tem partidas pela seleção, com 66. Destaque também para o atacante Ricardo Fuller, do Stoke City, da Premier League. Esse processo de renovação, ainda que não tenha garantido a classificação para a Copa de 2010, deu ao menos o título da edição de 2010 da Copa Caribenha. Sobre os jogadores da nova geração, muito se espera de Nigel Neita, que com 18 anos faz parte da academia de jovens do Arsenal.

Sobre Trinidad e Tobago, a seleção também passa por um processo de renovação, pois em sua última glória, a participação na Copa do Mundo de 2006, o time contava com vários veterano, caso de Dwigth Yorke e Stern John, que por anos foram as referências do time. Mas esse processo está sendo difícil. O time foi eliminado na 2ª fase da Copa Caribenha, ficando atrás de Jamaica e Granada. Em 2010, o time ficou fora da Copa do Mundo, e novamente foi eliminado na 2ª fase do certame caribenho, dessa vez atrás de Cuba e novamente de Granada. Outro réves foi a eliminação nas eliminatórias para a Copa de 2014. O time ficou em segundo em seu grupo, com 12 pontos, atrás da surpreendente Guiana, em uma briga pau a pau, com a vantagem de apenas 1 ponto do líder, sem falar na participação de Bermuda, que conquistou 10 pontos. Assim como os jamaicanos, os Soca Warriors também possuem jogadores atuando fora do país, sobretudo na Europa, sendo Kenwyne Jones, companheiro do jamaicano Fuller no Stoke City, uma das esperanças do treinador Hudson Charles.

Dessas duas seleções pra baixo, as restantes ou venceram apenas 1 edição da competição ou fizeram campanhas de destaque. Pra ser mais específico, apenas 4 seleções conquistaram a Copa Caribenha; as já citadas Jamaica e Trinidad e Tobago, e Martinica e Haiti. Martinica é um caso único no futebol; o país é uma possessão francesa, logo, não pode ser filiada à FIFA, o que a impede de participar de eliminatórias para a Copa do Mundo. Para a FIFA, atletas que nasceram na ilha podem representar a seleção francesa. Porém, para a CONCACAF, atletas que chegaram a representar a França nos últimos 5 anos não podem representar Martinica nas competições organizadas pela entidade. Les Martinino conquistaram a Copa do Caribe em 93, mas a última grande campanha foi um 3° lugar em 2010, ano em que conquistaram a alternativíssima Coupe de L’Outre-Mer, competição que reúne as possessões ultramarinas da França. De lá pra cá, a seleção pouco atuou, o que não a credencia a realizar um bom papel nessa edição do torneio, ainda que possuam jogadores de algum destaque, como os meias Rodrigue César e Gaëtan Sidney, que jogam respectivamente no Istres e no Nancy, ambos da 2ª Divisão Francesa.

Sobre o Haiti, podemos dizer que é uma seleção extremamente tradicional na região. Os haitianos venceram a competição em 2007, e ainda colecionam o vice em 2001 e dois terceiros lugares seguidos, em 98 e 99. Além disso, a seleção haitiana já participou da Copa do Mundo, chegando a estar derrotando a Itália, mesmo que por alguns minutos apenas. Uma boa campanha na Copa Caribenha talvez apague a frustralção pela eliminação das eliminatórias para a Copa do Brasil, em que a equipe, com 13 pontos, ficou 2 atrpas de Antigua e Barbuda. Mas não podemos ignorar que o país está em uma situação difícil, e futebol talvez não seja a prioridade do país. Tanto é assim que infelizmente cerca de 30 pessoas que eram integrantes da seleção, entre jogadores e assistentes, faleceram no terremoto que atingiu o país em 2010. O técnico do Haiti é o brasileiro Edson Tavares, que não é muito conhecido por aqui por ter trabalhado a maior parte de sua carreira na Ásia. Sinal da globalização, existem diversos haitianos jogando fora do país, espalhados pelo mundo, ao contrário do que poderia se supor, que apenas o futebol francês acolhessem jogadores haitianos. Pra se ter ideia, há 2 jogadores do país no futebol argentino; o capitão Judelin Aveska, zagueiro do Independiente Rivadavia e o jovem atacante Sony Norde, do Boca Juniors, que está por empréstimo no Estudiantes de Altamira, do México.

Depois dessa fase de grupos, haverá uma outra, com 3 grupos, e os cabeça de chave desses grupos são as seleções melhor ranqueadas; no caso Cuba, Granada e Guadalupe. A ordem dos grupos será essa;


Grupo G


Granada
Líder do Grupo A
Líder do grupo B
Segundo colocado do Grupo E ou F


Grupo H


Guadalupe
Líder do Grupo C
Líder do Grupo D
Segundo colocado do grupo A ou B


Grupo I


Cuba
Líder do Grupo E
Líder do Grupo F
Segundo colocado do grupo C ou D


A seleção de Granada vêm realizando boas campanhas na competição, chegando na final de 2008 e nas semifinais de 2010. Na primeira perdeu da Jamaica e na segunda para Cuba. Entretanto, na briga por uma vaga na Copa do Mundo, a equipe ficou em último em um grupo com Guatemala, Belize e São Vicente e Granadinas. Com certeza foi um revés, mas o plano para o futebol do país é a longo prazo, e afirmamos isso por causa do comando de Mike Adams, que está na federação nacional desde 2004. A maior parte dos jogadores atua no futebol do país, com poucas exceções, caso de Jason Roberts, experiente atacante de 34 anos que ajudou o Reading a atingir a Premier League.


Guadalupe, a cada edição do torneio caribenho, melhora sua campanha; 4ª em 2007, 3ª em 2008 e vice-campeã da edição passada. Se a mística continuar, podemos colocá-la como uma das favoritas ao título. Para além da sorte, a seleção guadalupiana (é isso mesmo?) possui um plantel interessante, com vários jogadores atuando no futebol francês. A seleção de Guadalupe passa pela mesma situação de Martinica; por ser um território ultramarino francês, não pode competir em torneios da FIFA, nem pleitear uma vaga na Copa do Mundo. Ainda que o técnico Roger Salnot tenha a disposição jogadores como Cédric Collet, Brice Jovial e Richard Socrier, todos jogando na 1ª Divisão Francesa (no recém promovido Reims, Dijon e Ajaccio, respectivamente), o maior artilheiro do atual plantel é Ludovic Gotin, que atua no campeonato nacional, no Le Moule. Gotin anotou 12 gols pela seleção nacional, o que o torna a referência natural no ataque da equipe.


Em relação aos cubanos, seu caso é peculiar. Todos os atletas da seleção atuam no futebol nacional. A seleção cubana possui atletas experientes, como volante Yoel Colomé (jogador do atual elenco com maior número de partidas, com 50) e o atacante Alain Cervantes, que com 32 gols é o artilheiro da seleção. Os comandados de Alexander "Chandler" González têm história na competição, e algo estranho, que talvez possa ser chamado de mística; por 3 vezes, os cubanos conquistaram cada uma das primeiras colocações da competição, exceto o 1º lugar. Colocando em miúdos, foram 3 vices, 3 medalhas de bronze e por 3 vezes terminaram em 4º. Se considerarmos a última Copa Ouro como parâmetro para estabelecer até onde os cubanos podem chegar, os Leones terão problemas; a equipe foi a última colocada de um grupo com México, Costa Rica e El Salvador, levando 16 gols e marcando apenas 1. Ainda que pareça ruim, e de fato é, já  representa uma melhora no nível do futebol do país, que na preferência do cidadão cubano, está atrás de uma infinidade de esportes, do boxe ao vôlei, e principalmente o beisebol.

 Saindo dos favoritos, não é possível falar de futebol caribenho sem falar Montserrat.  O país como um todo está passando por um processo de reestruturação, devido a uma erupção que ocorreu anos atrás e forçou o êxodo de milhares de moradores da ilha, e logicamente o futebol também está sendo afetado, tanto pela tragédia como pela reconstrução. Depois de ficar em último no seu grupo, pela fase qualificatória do torneio de 2010, a seleção do país quer fugir da inglória última colocação do ranking da FIFA. O futebol do país é amador, logo, os destaques são os atletas profissionais, que atuam em outros países, sobretudo na Inglaterra, que são 6 ao todo, incluindo que atua na Irlanda. Destaque para Jaylee Hodgson, que joga no Shepshed Dynamo, da 8ª divisão inglesa, e a quem temos como amigo no Facebook.

Seja como for, um bom parâmetro para se avaliar as possibilidades das seleções são as eliminatórias para a Copa, onde elas encontram rivais mais fortes que os vistos no Caribe. A Guiana foi uma surpresa, passando para a próxima fase das eliminatórias. Os Jaguares de Ouro contêm jogadores que atuam apenas no futebol local ou americano, o que torna a campanha ainda mais surpreendente, e pode ser um indício da evolução do futebol do país. Podemos destacar o meia Shawn Beveney, do Caledonia de Trinidad e Tobago, que com 22 gols marcados é o atleta da atual seleção que mais fez gols. No mesmo grupo da Guiana, Bermuda não fez feio. O mesmo ocorreu em Antigua e Barbuda, que tem um projeto no mínimo curioso para o futebol, mas muito usado no rugby; o técnico Tom Curtis divide a função entre o cargo na seleção nacional e o de técnico do Antigua Barracuda, único time profissional do país...que compete na 3ª Divisão do campeonato norte-americano. Dos jogadores que atuam no país, apenas o goleiro Tahari Lewis e o meia Jamie Thomas não jogam no Barracuda (eles defndem o All Saints Utd e o Bassa SC). O artilheiro do time é Peter Byers, do Barracuda, com 23 gols em 36 partidas, que divide o protagonismo com o zagueiro e capitão Geogre Dublin...que também joga no Barracuda. Os que não defendem o principal time do país (ou os outros dois clubes), atuam no futebol inglês, com destaque para Mikele Leigertwood do Reading e Dexter Blackstoock do Nottingham Forest, ambos atletas muito úteis para suas equipes.

A  República Dominicana foi um adversário duro para o mais tradicional El Salvador, que nesse mesmo grupo venceu os dois jogos contra Suriname por placares expressivos; 1 x 3 em Paramaribo (em jogo vistoi por 500 pessoas) e 4 x 0 em San Salvador (com público beirando os 10,000). Porto Rico e São Cristovão e Neves seguraram empates com o Canadá, com destaque para os portoriquenhos, que seguraram o ataque candense em plena Toronto. As demais equipes não tiveram um desempenho satisfatório nas eliminatórias, mas talvez com as lições aprendidas, e sem a presença dos rivais da América Central e do Norte (que querendo ou não, são melhor estruturados e contam com mais tradição no futebol), possa haver espaço para surpresas. Estamos esperando ansiosamente que consigamos achar um meio de ver essa competição pela internet, pois dificilmente algum canal aqui vai passar Suriname x Aruba...

domingo, 20 de maio de 2012

Guia da Segunda Divisão Paulista 2012 - Grupo 6 - Joseense

Persistência. Essa é a marca do Joseense na competição. Fundado em 98, sofre a concorrência de várias equipes tradicionais do Vale do Paraíba, como Taubaté, Guaratinguetá, Jacareí, Mathiqueira e o rival de cidade, o São José. De fato, é um cenário difícil para o crescimento de um clube, mas se o próprio Guará, fundado em 98 (ainda que em um contexto diferente) conseguiu atingir conquistas relevantes, por quê os joseenses não podem? Sonhar é permitido, mas nos últimos anos sonhar é a única coisa que o CAJ está fazendo. Dizemos isso pautados pelos desempenhos da equipe nas últimas edições da Segundona; de 2007 pra cá, o Tigre do Vale não passou da 1ª fase em nenhuma oportunidade, e em não raras ocasiões fez campanhas vexatórias. Que é admirável que continuem competindo mesmo com esse retrospecto, isso é, mas então por quê acreditar que isso vai mudar?

Ano passado mesmo, a classificação não veio por pouco; o CAJ ficou em 6º, com 18 pontos, e o 4º e último classificado, o ECUS, terminou com 20. Ainda assim, o desempenho foi irregular, com 5 vitórias e 6 derrotas em 14 jogos. E a média de gols não foi lá grande coisa, com 14 marcados e 18 sofridos. E novamente nos perguntamos; "o que o Joseense andou fazendo de diferente, ao ponto de nos convencer (e dizemos que somos exigentes) de que esse ano será diferente?". A base da equipe é composta por jogadores que estavam em 2011, que serão comandados novamente por Rafael Guanaes. Guanaes encerrou a carreira de jogador no próprio Joseense em 2009, tornando-se treinador da equipe já no ano seguinte. 

Agora, uma particularidade; o CAJ aposta muito em atletas para funções fora das 4 linhas. O atacante Renato Santiago e o goleiro Hélder ocuparão os cargos de Diretor de Futebol e Preparador de Goleiros, respectivamente. Podem estar estranhando o fato de que não usamos o prefixo "ex" (isso é um prefixo mesmo, ou o nome desse recurso da língua é outro?), mas é por quê eles estarão a disposição para jogarem. Não sabemos se dará certo, mas de todo ficaríamos sem saber se não fosse tentado, então é algo válido pelo menos como experiência.

Até o momento, as coisas vão bem. Trabalhando desde o começo do ano, o time mostrou ter um ataque eficiente, chegando a vencer um amistoso com o Sumaré por 5 x 0, e nos 3 primeiros jogos desse ano, venceu na segunda partida o Atlético Mogi por 4 x 1. Além desse resultado, a equipe empatou sem gols com o Manthiqueira na estreia e venceu o Jacareí por 1 x 0.

Agora, os pesares. O Joseense manda os jogos no estádio ADC Parhayba, muito elogiado por quem quer que vá lá. A questão é que são poucos os que fazem isso; ano passada a média de público foi de 35 pessoas por partida. Isso faz do time simplesmente o menos visto entre os mais de 40 participantes de 2011.


Continuar disputando a Segunda Divisão, mesmo com todas as dificuldades, é um sinal de persistência, persistência essa que merece ser reconhecida pela comunidade local, pois ela é um dos elementos que pode trazer o tão sonhado acesso, acesso que só virá se a equipe não repetir os erros dos últimos anos, e claro, se receber mais apoio da comunidade...acaso é um círculo vicioso? Seja como for, veremos como o Joseense se sairá...

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Guia da Segunda Divisão Paulista - Grupo 5 - AD Guaurlhos



Dos clubes que participam da Segunda Divisão Paulista, o Guarulhos possivelmente é o que disputou mais edições do campeonato; essa será sua 20ª participação, e só não são 17 seguidas por quê em 2003 a equipe foi jogada para a 5ª Divisão devido à remodelação do futebol paulista, ficando lá até 2005. Se isso sugere que elementos como falta de competência e azar são recorrentes, o clube nunca se licenciou desde que se profissionalizou em 81, apesar de todas as dificuldades de se fazer futebol em uma cidade próxima de São Paulo, o que se reflete na média de público. Na campanha de 2011, a média foi de 142 pagantes no estádio Antônio Soares de Oliveira, popularmente conhecido como Ninho do Corvo, em alusão ao mascote do rival Flamengo (sentimos falta de um apelido direcionado ao torcedor do Guarulhos. Se houver algum, por favor, avisem, se não houver, recomendamos criarem, afinal, seria um charme a mais).

Ano passado, a equipe chegou até a 2ª fase, com a campanha mais oscilante vista no campeonato. Na 1ª fase, o Guarulhos conquistou 10 vitórias em 14 jogos, com 27 gols marcados e 16 sofridos, o que o deixou como líder di Grupo 5. Já na 2ª fase, o time degringolou e apresentou um futebol bem abaixo do visto na fase anterior, sendo lanterna de um grupo com Fernandópolis, Olímpia e São Vicente, com 2 empates e 4 derrotas, marcando ínfimos 4 gols e sofrendo 13, ou seja, uma média de mais de 2 gols sofridos por partida.

Ainda assim, a diretoria encarou a campanha como boa, claro que ficou a decepção com o desempenho medíocre na 2ª fase, mas afirmou que não seriam feitas loucuras, que o trabalho continuaria na mesma direção, tirando lições dos erros cometidos.

Para 2012, Olavo de Silveira, técnico com vasta experiência no futebol amador da cidade e em categorias de base será o treinador do time. Talvez por essa formação peculiar Olavo foi escolhido. Explica-se; dos clubes que integram o 4º escalão paulista, o Guarulhos é um dos que mais apostam na base e em jogadores nascidos na região, tanto é assim que 7 atletas são da cidade, e vários estão no clube a mais de 3 anos. Uma das revelações é o atacante Felipe, que na última edição do Paulista sub-17 marcou 5 gols em 3 jogos. O jogador mais experiente do elenco é o goleiro Marins, de 34 anos, que possui passagens por Guarani, São José, Flamengo de Guarulhos, e pela própria ADG. O técnico garante que essa política gera uma identificação, um amor à camisa do time, que só tende a trazer bons resultados. Sobre a preparação, o time vem treinando desde abril, pois já contava com uma base bem firmada, com a adição de jogadores da base.

Na estréia, o AD venceu o Sport Barueri por 2 x 0, jogando em casa, e com 2 expulos, o que reflete esse espírito de determinação. Mas agora, vamos abordar esse tema sob uma ótica ainda não vista aqui no blog; fomos ver Nacional x Guarulhos, no dia 12/05, lá no Nicolau Alayon. As observações sobre o jogo, sobre o estádio, e sobre o Nacional, faremos depois, mas agora vamos à algumas considerações sobre o jogo. O Guarulhos estava com alguns desfalques, mas que não devem justificar o péssimo desempenho apresentado. A equipe foi totalmente dominada pelo Nacional, criando pouqíssimas chances, e só chegou ao gol em um penâlti marcado de maneira esdrúxula, quando o atleta guarulhuense (é esse o gentílico mesmo?) trupicou sozinho e o juiz marcou a penalidade.


Assim sendo, podemos afirmar que o time, aparentemente, continua oscilando. Se quiser almejar algo mais, como o aceso, isso deve mudar...

domingo, 13 de maio de 2012

Sobre a Série D e a Segunda Divisão Paulista

Recentemente a CBF anunciou que irá custear todas as despesas com transporte e hospedagem dos clubes que participarem da Série D. É de conhecimento geral que várias equipes desistem de participar da 4ª Divisão do Brasileiro por questões financeiras, então essa ajuda, ainda que esteja longe das condições ideais, é muito bem vinda. Depois disso, vieram as mudanças na Série C, que agora terá uma primeira fase mais longa, mantendo os clubes em atividade mais tempo (e que contará com o Brasil-RS, que ao escalar um jogador em situação considerada irregular, acabou punido com a perca de pontos, que culminaram no rebaixamento na Série C ano passado. O clube apelou pra Justiça Comum e ganhou de volta a vaga na 3ª Divisão. Isso ainda vai longe...)

Agora, algumas considerações e comparações com a FPF e sua política para com os clubes das divisões inferiores. Como todos sabem, o atual presidente da CBF, José Maria Marin, é uma figura forte no futebol paulista, ocupando cargos de relevância na gestão de Marco Polo Del Nero à frente da FPF. Tanto é verdade que Marin foi honrado com uma medalha (que seria destinada a um dos atletas campeões) na final da Copa São Paulo de Futebol Jr. Isso quer dizer basicamente duas coisas; que o atual mandatário da CBF tem uma fixação por medalhas (ou talvez por aparecer mesmo) e que não há uma diferença radical entre o pensamento das duas lideranças, isso se houver alguma diferença. Então, por quê a CBF dá esse apoio às equipes das Divisões de Acesso enquanto a FPF limita-se a disponibilizar uma verba de R$13 mil para cada um dos clubes participantes da Segunda Divisão, uma competição que irá durar de maio à novembro?

Bem, não sabemos. Certamente a CBF fatura mais que a Federação Paulista, mas a arrecadação gerada pelo futebol mais rico do país não é nada desprezível. Indo no sentido dos gastos da entidade comandante do futebol paulista, a verba destinada para todos os clubes da 4ª divisão não chega a R$550 mil, o que é pouco se comparado ao que os times da 1ª Divisão recebem. Quando falamos de 1ª Divisão, são os clubes do interior, que recebem de 2 a 3 vezes mais que isso. Os grandes, por sua vez, recebem cerca de 10 vezes mais que os 42 clubes da Segundona Paulista juntos, isso somando verbas da FPF, patrocínios e cotas de TV.

Não estamos cobrando que a FPF destine aos filiados das Divisões inferiores o mesmo que aos clubes que estão na 1ª Divisão, mas disponibilizar tão pouco é obscenidade. O ideal, além de investir mais na organização do campeonato, dando condições mínimas para que qualquer agremiação minimamente estável possa disputar o torneio. Outro passo seria elaborar um certame longo, que ocupasse esses times por todo o ano, pois os clubes que são eliminados na 1ª fase, que possui 10 jogos, só terão o sub-20 da Segunda Divisão para participar no resto do ano, competição que não possui sequer acesso. Um pouco longe do ideal, a ressurreição da Copa Energil C (ou qualquer outro nome que surgir), uma espécie de Copa Paulista B, seria válida, desde é claro que valesse alguma coisa, sendo que uma vaga na própria Copa Paulista seria uma boa ideia. O mesmo vale para a CBF, que deve proporcionar que as Divisões inferiores tenham uma duração no mínimo aceitável, pois na Série D vemos grupos com 5 times, e as equipes que forem eliminadas na 1ª fase disputam 8 jogos. Cremos ser possível proporcionar bem mais que isso.

Agora, temos de ser razoáveis ao não culpar as Federações de todos os males, afinal, vários clubes contaram, e ainda contam, com direções inescrupulosas, que somente pensam em lucros privados, ou que não possuem competência necessária para dirigir um time profissional, quiçá um amador. Mas que muitas imposições e descasos absurdos das Federações atrapalham, isso atrapalham.

Voltando ao caso paulista, a estrutura atual exige muito dinheiro, o que acaba forçando os clubes a procurarem recursos financeiros nem sempre seguros, que geralmente prejudicam essas agremiações a médio e curto prazo, o que acaba gerando as não poucas mudanças de sede e licenciamentos, pois chega-se num momento em que a luta não é mais dentro das 4 linhas, seja por glórias ou pra se evitar vergonhas, mas fora do campo, apenas pela sobrevivência da instituição.

Seja como for, voltando para a CBF, a atitude abordada nesse post é boa, é um primeiro passo, que ainda que modesto, é algo melhor do que permanecer parado. Saibam que para nós é difícil elogiar a CBF, ainda que parcialmente, mas a entidade máxima do futebol brasileiro tem de fazer muito mais para melhorarmos a imagem que temos dela. Sobre a FPF, não vemos nenhum plano ou política para melhorar a vida dos clubes das divisões inferiores, e ainda que partamos do princípio do que "o que não vemos não quer dizer necessariamente que não existe", estamos propensos a crer que não existe nada nessa direção. Vamos encerrar o texto por aqui, por quê todo final que pensamos possuía um tom alarmista, mas infelizmente não conseguimos pensar em nada que carregasse otimismo. Bem, até a próxima...

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Mais contratações na Segunda Divisão

Os clubes da Segundona estão contratando reforços de renome, pensando em aumentar suas chances de aceso. Bem, vamos começar pelo Fernandópolis, que acertou com dois reforços, o goleiro Alex, que passou pelo clube em 2011, e o atacante Celsinho, que estava disputando a A3 com o Sertãozinho.

Ainda sobre atacantes, o Lemense contratou o experiente Adhemar. Sim, é aquele Adhemar que jogou muitos anos no São Caetano, sendo o maior artilheiro da história do clube, com 68 gols marcados. Com 40 anos, certamente dará experiência ao time, resta saber se terá fôlego...

Seja como for, a competição desse ano promete. Mais notícias colocaremos aqui...

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Notícias - Segunda Divisão Paulista

Procurando se reforçar para disputa da competição, o Jabaquara contratou dois reforços de renome. O primeiro é o atacante Rodrigão, com passagens por grandes clubes do futebol brasileiro, como Palmeiras e Atlético - PR, e seu último time foi o Anapolina - GO. Rodrigão chegou a negociar com o Independente de Limeira, mas optou por acertar com o clube que o revelou para o futebol.

O outro reforço é o lateral-esquerdo Rubens Cardoso, que estava no Feirense de Portugal. Rubens também tem passagens por clubes de expressão, tendo como melhor momento na carreira a conquista da Tríplice Coroa, com o Internacional - RS. Com esses dois jogadores no elenco, o Jabuca fica ainda mais forte na busca pelo acesso, que começou com um empate fora de casa contra o Guarujá.





Obs: Falando do Jabaquara, vimos o post que escrevemos sobre ele, e só agora reparamos que existiam erros gritantes. Pedimos desculpas pela má qualidade daquele artigo, que nem de longe condiz com o padrão do Futebol Interiorano. Aqui vai uma versão atualizada, sem os erros crassos vistos no artigo anterior. Novamente pedimos desculpas e agradecemos a compreensão.

Enquanto isso, no Oeste Paulista

A Segundona Paulista mal começou e já temos pendengas. Para ser mais preciso, em Araçatuba. Como visto anteriormente no blog, a AEA mantinha uma parceria com a empresa do ex-goleiro Waldir Peres, a WPSB. "Mantinha", pois a empresa de Peres desistiu da parceria, isso à pouquíssimo tempo antes do início da competição. As coisas ainda não estão muito bem explicadas, mas a versão mais difundida é de que a empresa não obteve o apoio financeiro esperado.

Peres também exercia a função de diretor de futebol do time, função esta ficará com Francisco de Assis Queiroz. Já não é a primeira vez que Peres deixa de lado projetos e parceiras; foi assim na Pirassununguense e no Rio Claro, para citar dois exemplos. Estamos esperando uma explicação por parte da empresa, e quando esta vier, publicaremos.

Em relação ao AEA, agora o clube terá que procurar outro parceiro ou pedir mais apoio da prefeitura, o que a nosso ver, pode não ser muito benéfico, tendo em vista que esse é ano de eleições, e no pior dos casos, o clube pode ser usado como palanque.

Seja como for, não sabemos se isso, mesmo que de maneira indireta, influenciou na derrota fora de casa para o Tanabi, por 2 x 1. Resta esperar e ver como o time e a torcida lidará com mais essa dificuldade.

terça-feira, 8 de maio de 2012

Segunda Divisão Paulista 2012 - Grupo 03 - Lemense


Depois de duas temporadas na A3, o Lemense voltou para a Segundona. E o que podemos experar do CAL para esse ano? Veremos agora.

Na Série A3 de 2011, o Lemense somou apenas 15 pontos em 18 jogos, marcando 18 tentos, e sofrendo 31, o que fez da defesa do clube a 3ª pior da competição. Esse mau desempenho culminou no rebaixamento para a Série B, de onde  clube saiu em 2009, com grande campanha, alcançando o 3º lugar geral.

Para 2012, a equipe começou a preparação relativamente tarde, definindo o técnico apenas em abril; Rogério Corrêa. Para os que não conseguiram lembrar do nome, ele  era zagueiro do Atlético - PR campeão brasileiro de 2001. Corrêa começou a nova carreira ano passado, no Anapolina – GO, onde parou de jogar no Goiano para assumir o time logo em seguida. Sua experiência como técnico do time foi, digamos, muito breve; apenas 3 jogos na Série D do Brasileiro, e o retrospecto é razoavelmente bom; uma vitória (1 x 2 no Tocantinópolis), um empate (1 x 1 contra o Gama) e uma derrota (2 x 3 para o Itumbiara). Entre o final da Série D e 2012, Corrêa estudou e procurou se preparar, mas é mais do que evidente que lhe falta experiência na função (o que não quer dizer que não há preparo para tal).

Um fator que pode pesar é o curto tempo para preparação, que assim como técnico, começou apenas em abril. Para tentar compensar esse atraso, os treinos ocorrem em dois períodos, manhã e tarde, e a diretoria programou alguns amistosos. O time perdeu por 2 x 0 para o Tanabi, mas venceu o sub-20 do Guarani por 2 x 1. Aproveitando esse gancho, falemos das categorias de base, que são de extrema importância, sobretudo em uma competição sub-23 como a 4ª Divisão do Paulista. No começo do ano o time participou da Copa São Paulo de Futebol Jr., e foi muito mal, perdendo todos os jogos disputados, com direito a uma derrota de 7 x 1 para o Internacional de Porto Alegre. Atualmente, o clube firmou uma parceria com a Secretaria de Esportes e Lazer da cidade. Os primeiros passos serão participações nos campeonatos da Copa Ouro e Copa Caminho para o Sucesso, com a Escola Municipal de Futebol de Leme representando o clube.

E é bom que estes garotos estejam preparados, pois a Segunda Divisão Paulista é uma competição dura. Pensado nisso, a diretoria trouxe alguns atletas de destaque, sobretudo Jonny, zagueiro que defendeu o clube na campanha do acesso em 2009, e Felipe Índio, atacante revelado na base do Atlético – MG. O Lemense tentou contrata um grande nome; o ex-atacante Alex Mineiro, que assim como o técnico, foi campeão brasileiro com o Atlético - PR, foi ventilado. Porém, ao que tudo indica, não houve acordo.

Apesar de tudo isso, a diretoria mantém um discurso otimista, afirmando que o time brigará pelo acesso. Mas primeiro, é preciso superar os duros rivais de seu grupo, o 03;  Américo, Pirassununguense, Radium e Guariba, que será o primeiro rival do Lemense.

Bem, pra falar a verdade, já foi. Aqui fazemos um adendo; tentamos, e muito, mas não conseguimos falar de todas as equipes antes do início do certame. Agora, voltando ao post, a equipe perdeu  pro Guariba na casa por 2 x 0, em um jogo em que pouco ameaçou os mandantes. Para piorar a situação, por problemas de documentação, haviam apenas 3 jogadores no banco. Com todos esses problemas, viu-se algo que aparentemente será a tônica da equipe na competição; o esforço, algo que é extremamente importante nesse campeonato.

O próximo desafio da Onça Azul será o Américo fora, o que nos dá a certeza de que um grande público estará no estádio Joaquim Justo, lembrando que mesmo com uma campanha miserável, não foram poucos os jogos em que o Américo colocou mais de 1000 pessoas no estádio. Nesse quesito, o Lemense fica na (baixa) média geral da competição, com aproximadamente 225 pagantes por partida no Bruno Lazzarini. Para tentar reverter esse quadro, serão promovidos sorteios de ingressos, o que ao nosso ver, parece pouco, mas isso só o tempo dirá.


Nossa opinião? Achamos que em relação aos rivais de grupo, o Lemense larga um pouco atrás, mas nada que seja insuperável, longe disso, mas em um primeiro momento, acreditamos que é pouco provável que o Lemense alcance o acesso já nessa temporada... 

domingo, 6 de maio de 2012

2004 - Um Ano Improvável


Em todos os esportes coletivos, entre as equipes que participam de determinado campeonato, existem aqueles que podem ser considerados grandes, e por tabela, existem os tidos como pequenos. Tradição, torcida e títulos, estes são os elementos que fazem de um time grande, e o credenciam à mais conquistas. Sobre os clubes pequenos, eles possuem tudo o que um grande possui, só que em menores proporções. Mas isso não impede que em determinadas oportunidades, esses clubes considerados pequenos surpreendam e conquistem títulos jamais imaginados. E olhando para trás, poucos foram os anos como 2004, quando vimos uma série de eventos do tipo pelo mundo. E o número é de surpresas tão grande que teremos de fazer vários textos. Hoje, vamos abordar a epopeia do Esporte Clube Santo André na Copa do Brasil daquele ano.

Copas nacionais são prolíficas em surpresas, em todo mundo. É onde mais se vê aquela história de “Davi contra Goliás”, o “Milhão contra o Tostão” (não nos lembramos ao certo, mas isso não era slogan político? Se for, saibam que o usamos de maneira involuntária, e se não for, apenas encarem como um verbete ruim). Muito por quê na maior parte do mundo as copas são os únicos torneios que permitem encontros entre grandes e pequenos, pois não são todos os países que possuem Estaduais. Seja como for, na edição de 2004 vimos algo realmente surpreendente. De um lado, um clube de massa, ou melhor, da massa, afinal possui a maior torcida do Brasil (um adendo; isso é somente um número, e ainda que queira dizer muita coisa, acaba não dizendo o principal), no caso, o Flamengo. Do outro, o Santo André, equipe relativamente nova (até então possuía 37 anos, considerando a fundação do Santo André FC), com uma torcida majoritariamente regional. Até então, o Ramalhão, no começo dos anos 2000, tinha conquistado o acesso para  a 1ª Divisão do Paulista em 2001 e para a 2ª do Brasileiro em 2003. O ECSA só conseguiu a vaga na Copa do Brasil por ter conquistado a Copa Paulista do ano anterior.

O plantel do Santo André era composto por atletas experientes, como Sandro Gaúcho e Romerito, e vários moleques da base, base esta que mostrou para que viria quando conquistou a Copa São Paulo de Futebol Jr. em 2003, eliminando Cruzeiro, Vasco e  superando o Palmeiras  na final. Atletas como o goleiro Júnior Costa, o defensor Makanaki, os meia Tássio e o atacante Nunes foram promovidos para o time principal muito rapidamente. Pra ser mais exato, eles entraram em campo na tarde do mesmo dia. Sim, depois de jogar contra o Palmeiras pela manhã, muitos deles foram enfrentar o Santos pelo Campeonato Paulista na mesma tarde.

Apesar desses sucessos recentes, pouco se esperava do time do ABC na competição nacional.O que se viu, porém, foi algo completamente diferente do esperado, com o Santo André chegando na final com autoridade, eliminando equipes como Atlético – MG e Palmeiras.  Para a final, a imprensa de todo o país já dava o título para o Flamengo, e possivelmente, isso contagiou o elenco e a diretoria do rubro-negro, que estavam entrando em um clima de oba-oba, esquecendo-se que o Ramalhão, apresentando um futebol extremamente eficiente, eliminou equipes que eram consideradas favoritas ao título. Entretanto, o resultado da primeira partida indicava que todos que apostavam no Flamengo estavam certos, pois um empate em 2 x 2 em São Paulo forçava o Santo André a vencer o jogo ou a alcançar um empate de mais de 2 gols, e isso em um Maracanã lotado.

Apesar de quase todos dizerem que não conseguiriam, jogadores e torcida acreditavam no inacreditável, e acabaram participando daquilo que era inimaginável; o Santo André, contando com os gols de Sandro Gaúcho e Élvis, as orientações de Péricles Chamusca, e mais 300 andreenses nas arquibancadas, calaram 70 mil rubro-negros, causando o maior choque do ano. Chegaram a fazer um documentário sobre esse episódio, e o título tem um nome mais do que justo; “O Maracanazzo de um Santo”.