Daqui a três anos, o Brasil sediará a Copa do Mundo, e em 2016 ocorrerão os Jogos Olímpicos. E até o momento, não vemos muitas melhorias na infra-estrutura, muitos estádios estão longe de estarem prontos, além de outras coisas que nos fazem perguntar se o país está pronto para receber um evento destes. Quando falamos isso, estamos nos referindo a outras prioridades, como educação e saúde, que ainda que estejam em estado precário, recebem pouca atenção. Além de projetos mais do que suspeitos, que tem tudo para se tornarem elefantes brancos. Exemplos não faltam, como Grécia e Portugal, que gastaram bilhões em estádios que mal são usados, e hoje estão em situação econômica caótica. Não que os estádios em si sejam fatores responsáveis por tal crise, mas que colaboraram com uma parte, isso colaboraram. Em breve veremos como o governo da África do Sul lidará com essa questão.
Mas há um ponto igualmente delicado. Um relatório da ONU sobre moradia, de autoria de Rachel Rolnik, denuncia uma série de despejos de famílias que moram em zonas próximas as obras, e que tais despejos estão sendo feitos sem o devido ressarcimento as famílias, e tem sido feitos de maneira truculenta, sem discutir prazos ou alternativas. Isso em várias cidades sede, com o Fortaleza, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Natal, Recife, Curitiba, Porto Alegre e São Paulo, sendo que o projeto Água Espraida foi criticado pela organização. Já vimos despejos na África do Sul, despejos que foram ocultados pela grande mídia, e estamos vendo a mesma coisa aqui no Brasil. Esperamos que uma solução que contemple todas as partes possa ser encontrada.
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