A situação já não era das mais agradáveis com a simples presença do Americana/Guratinguetá na cidade, agora, com o rebaixamento do Rio Branco, as coisas vão se agravar. Isso porquê várias denúncias estão chegando contra a diretoria do Rio Branco, tanto a atual como as mais antigas.

Um dos principais pontos foi a mais do que suspeita vinda do time de Guaratinguetá. As autoridades municipais alegavam que o estádio Decio Vitta, de propriedade do Rio Branco, não estava apto para receber partidas, e como o clube se encontrava em uma situação difícil, recomendou-se que o estádio fosse repassado para o munícipio, o que foi feito. Nisso, foi feita uma pintura geral e pequenas melhorias, coisa insignificante, para uma semana depois, estar tudo acertado entre a prefeitura de Rio Branco, comandada por Diego de Nadai (PSDB) e os diretores do Guaratinguetá, Sony Douer e Ricardo Navarras.

Recentemente, chegou uma denúncia de que a antiga diretoria do Rio Branco teria usado falsas guias do INSS, além de ter desviado R$150 mil que seriam usados para o pagamento dessa dívida. O presidente daquela gestão era Oswaldo de Nadai, pai do atual prefeito, e também são acusados disso Osvaldo Tamborlin, Nivaldo Zanette, Sergio Sega, Sergio Luiz Meneghel Silveira, além de Ricardos Sanches Dias e Eliane Nogueira Dias, que não faziam parte da diretoria. A investigação está sendo feita pela Polícia Federal, e as provas obtidas são difíceis de serem questionadas, porém os envolvidos negam, afimando que se trata de uma armação política. Seja como for, só poderemos dizer algo a respeito quando tudo for provado.

Sobre a atual diretoria, o ano já começou mal, com a polêmica das parcerias. O presidente Roberto Zacharias assinou com a Anjobol, de Napoleone Jr, na qual o mesmo seria o técnico. Por sua vez, o conselho deliberativo estav firmado com a parceria de Totó Bressan, que trouxe o técnico Claudemir Peixoto, que em 2010 conseguiu o acesso para a A3 com a Inter de Limeira. Nessa pendenga toda, quem ficou foi a Anjobol. Mas ao que parece, o presidente Zacharias não pesquisou muito, pois o maior sucesso da parceira foram conquistas no incipiente futebol da região Norte do país, e que em 2010 os jogadores da Anjobol acabaram rebaixando o Taquaritinga para a A3.

Napoleone Jr. trouxe os mesmos jogadores do Taquaritinga ano passado, logo, não dava pra esperar outra coisa que não fosse brigar contra o rebaixamento. Nas primeiras rodadas da Série A2, o próprio Napoleone acabou renunciando ao posto de técnico dos jogadores representados por sua empresa, depois de pífios resultados. Um pouco mais adiante na competição, a diretoria do Rio Branco quis cancelar a parceria, mas como havia um contrato a ser cumprido, o rompimento só poderia acontecer caso a recisão fosse paga. Então o Rio Branco pagou cerca de R$1 milhão para quebra da parceira, não sem antes ter de ouvir Napoleone soltando os cachorros, afirmando que tudo estava bem quando a Anjobol estava lá. É de uma cretinice sem par querer afirmar que não teve nada a ver com a queda do Rio Branco, e pela lei, a empresa tinha o direito de cobrar a recisão de contrato, mas cobrar por um serviço mal feito é no mínimo questionável.

O Rio Branco está em uma profunda crise, e só não está sozinho porque sua fiel torcida o acompanha, e não só tem esperança de que dias melhores virão, mas trabalha para que isso aconteça, trabalha contra o descaso do poder público, contra dirigentes incopetentes e corruptos, e contra tudo o mais que impeça o time de alcançar a vitória.