sábado, 21 de agosto de 2010

Vale do Paraíba

Coisas estão acontecendo no lado paulista do Vale do Paraíba. O time mais tradicional da região, o Taubaté, recentemente fez um balanço sobre as dívidas do clube, e o resultado é alarmante; R$ 8 milhões. A maior parte é dívida trabalhista, contraida em gestões anteriores, que não primavam pela sensatez, ou honestidade. A atual diretoria está tentando pagar a divída, mas vai demorar um pouco. O Burro da Central precisará de muito esforço e muita mobilização da cidade. Seja como for, isso é reflexo do modelo de gestão adotado no Brasil, que permite que clubes devam R$ 300 milhões, e não cobram, e se o fazem, é de maneira velada. Mas clubes de menor porte são extintos por dívidas bem menores. A política das federações é homogeinizar as torcidas, polarizando-as em torno dos clubes grande, atraindo maiores lucros. Essa é a lógica do capital.

Mas embora seja o mais tradicional, o Taubaté não é a maior força da região no momento. O Guaratinguetá, semifinalista do Campeonato Paulista de 2007 e disputando a Série B do Campeonato Brasileiro, o Guará tem projeção nacional. Mas mesmo assim, o clube não é unanimidade na cidade, a média de público do time na Série B é a 11ª; 2, 317. A saudosa Esportiva de Guaratinguetá (a última vez que o clube apareçeu para o grande público foi na estréia do goleiro palmeirense Marcos) tinha maior apreço da comunidade. A equipe recentemente adotou o modelo de "clube-empresa". Mas por causa desses fatores, a atual diretoria cogita mudar o time de cidade, à exemplo do Grêmio Barueri que virou Grêmio Prudente e do Campinas que virou Sport Barueri. Embora o Guaratinguetá tenha sido fundado em 99, o clube já chama mais torcida que clubes como o São Caetano, Santo André, e surpreendentemente, Portuguesa. A cidade cogitada é Americana, que já conta com o Rio Branco.
A torcida do Taubaté, por incrível que pareça, está emputecida com isso. Dizem que é mais válido sofrer por um time do que por uma empresa. Um clube não precisa ser uma empresa para ter uma gestão empresarial, que é uma alternativa para o modelo combalido de gestão dos clubes tidos como grandes, que devem centenas de milhões, e contraem tal divída de maneira irresponsável.

O São José segura as pontas depois de não conseguir o acesso para a Série A1.Está na Copa Paulista, fazendo uma péssima campanha, diga-se de passagem, 6 pontos em 7 jogos, a frente apenas do Palmeiras B.Mas o panorama é bem diferente no Campeonato Feminino, sendo o 2ª de seu grupo, atrás do Santos, e pode-se dizer que é um dos favoritos ao título. O Primeira Camisa, time da mesma São José dos Campos, está na 2ª fase da Segunda Divisão, e disputará a classificação para a 3ª fase com a Inter de Limeira, que tem os mesmos 4 pontos, e com Desportivo Brasil, que mesmo com apenas 1 ponto, tem chance de classificação. O Taboão da Serra, com 10, já está com a classificação encaminhada. E a cidade possui ainda mais um time, o Joseense, que foi muito mal na Segundona e jogou o último jogo com um time que já está sendo pensado para 2011, e para isso, o Tigre do Vale focará no Paulistão Sub-20.

Com poucos recursos e pouca torcida (média de público de 54 torcedores em 7 jogos), o Jacareí se esforçou, mas não conseguiu muito, sendo eliminado ainda na 1ª fase. Agora, os torneios juvenis.

Creio que falamos quase tudo sobre o futebol do Vale do Paraíba.Aceitamos sujestões. Hasta.

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