terça-feira, 30 de outubro de 2012

Considerações sobre a Segunda Divisão Paulista 2012 e Introdução à Edição 2013

Sem mais procrastinações, cá estamos, para tecermos algumas opiniões e abordar alguns fatos sobre a última e a próxima edição desse querido campeonato. Não falaremos da final, por quê jaz faz tempo que ela ocorreu, e falar dela agora não faria o menor sentido. Assim sendo, parabenizamos Votuporanguense, São Vicente, Novorizontino e Joseense pelo acesso, não sem aprofundar um pouco isso tudo. Que o CAV ensaiava subir à muito tempo, isso é fato, e desde o começo da competição, era apontado como um dos favoritos para tal. Depois de ficar um bom tempo invicto (com direito à uma campanha de 100% na 1ª fase), o clube não oscilou muito, e conquistou o acesso com uma das melhores campanhas já vistas.

Sobre o São Vicente, se o acesso já foi surpreendente, não precisamos falar sobre o que foi chegar na final. Das equipes do Litoral, esperava-se muito da Portuguesa Santista, do Jabaquara, e alguma coisa do Guarujá, e quase nada do São Vicente, e o resultado final está aí; uma equipe que soube se impor dentro do seu estádio, o Mansuetto Pierotti, e que fez o básico fora de casa. Olhando friamente, a campanha não foi brilhante; podemos dizer até mesmo que foi razoável, mas o time subiu, então está bom, certo? Bem, quase; é evidente que a A3 possui um nível técnico superior que o da Série B, e não são poucos que afirmam que a equipe penará em 2013 para se manter por lá.

É certo que a Votuporanguense possui perspectivas melhores que o Alvinegro da Baixada, e o mesmo se aplica ao Novorizontino. No começo do campeonato, a confirmação da participação do Novorizontino levantou uma polêmica; o atual Novorizontino, pelo administrativamente falando, não é o antigo, aquele lá, campeão da Série C, e sobretudo, vice-campeão paulista de 90, na famosa Final Caipira com o Bragantino. Os dois clubes de fato possuem CNPJ's diferentes, e até mesmo nomes (o atual é simplesmente "Grêmio Novorizontino", enquanto o antigo era "Grêmio Esportivo Novorizontino"), mas nós preferimos ir além da frieza administrativa. O atual Novorizontino carrega as mesmas cores, o mesmo padrão nos uniformes, o mesmo hino, e um distintivo com sensíveis diferenças. Pode não ser o mesmo em efeitos legais, mas se falarmos com qualquer torcedor, ele dirá que o "Novorizontino voltou", e no final das contas, é o que importa. Sem mais delongas, todos apontavam o GN como um postulante ao acesso, e até mesmo para o título, mesmo em sua participação de estréia.

Por fim, o Joseense, equipe de São José dos Campos que até o momento não tinha feito nenhuma participação digna de nota, e a nossa expectativa para o 2012 da equipe não fugia muito disso. Contudo, o Tigre fez o possível para nos calar, fazendo uma 1ª fase quase tão boa quanto a da Votuporanguense (CAJ perdeu apenas uma partida nessa fase), o que foi de fato surpreendente. As fases seguintes foram de oscilações, significativas, é verdade, mas não grandes o bastante para afundar a equipe. No final das contas, o Joseense acabou superando seu rival direto na chave, o José Bonifácio. Para a A3, o clube é uma incógnita; é bem organizado, mas não conta com um apoio significativo da cidade. Uma opinião nossa; assim como São Vicente, brigará para se manter na A3 (e falamos isso não sem esperar que novamente o Joseense nos cale).

Agora, que venha a edição 2013, que até o momento, contará com várias estreias, e falemos de algumas delas. Ao que tudo indica, o Pindense, de Pindamonhangaba, saiu do papel, e colocará a cidade no mapa do futebol paulista, coisa que não acontecia desde o distante ano de 1961, na última participação da Ferroviária. Agora quem nunca teve time mesmo é Caieiras, que contará com o Caieiras FC. O máximo que a cidade teve de futebol foram as participações do Força, ligado à Força Sindical, que estava filiado em São Paulo (a sede do time era a central do sindicato), só jogando em Caieiras por falta de opção. Agora, os munícipes terão uma equipe genuinamente caieirense para poderem torcer. Outro clube que pretende ingressar no profissionalismo é o Al Shabab ("Os Moços"), primeiro clube muçulmano do país. O clube é ligado à comunidade muçulmana no Brasil, o que não impedirá que atletas não islâmicos atuem no time. A equipe está filiada na cidade de São Paulo, mas ainda não foi confirmado onde mandará seus jogos.

Como é de se esperar, nessa época (e até mesmo pouco antes da competição começar), vemos muitas especulações sobre clubes que podem retornar à disputa da Segunda Divisão Paulista. Muitos apontam que o retorno do SEV Hortôlandia e do Paulínia estão quase certos, alguns dizem que o Lençoense (primeiro time do goleiro Marcos) vai sair de Bariri, e retornar às origens (o que por tabela decreta o fim do CAL/Bariri). Além disso, há muita especulação em cima de equipes como o Bandeirante de Birigui, e até mesmo com São Bento de Marília, que depois de quase 30 anos inativo (se não nos enganamos, a última participação foi em 86), que pode se aproveitar da draga que o Marília está passando.

A competição promete, e se promete, teremos o que falar. Assim sendo, até mais.

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