sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Série D

O futebol da região Norte não está passando por seus melhores dias. Os clubes da região apenas aparecem nas divisões inferiores do Campeonato Brasileiro, e infelizmente, não são poucas a particpações que se resumem a fazer figuração.
O Remo passa por um período de reestruturação. Mesmo com fanática torcida, naufragou na Série D ante o Vila Aurora, do Mato Grosso. Devido à dividas de tudo quanto é tipo, fruto de péssimas administrações, o time terá de vender seu estádio, o Baenão. O valor já está estipulado; R$33 milhões, sendo que algumas empreiteiras colocam mais R$20 milhões nisso aí. A dívida, segundo o Ministério Público, é de R$8 milhões. Nem alguns clubes de 1ª Divisão conseguem angariar essa quantia, por isso vender o estádio. Pelo menos com o dinheiro restante vai dar para começar um estádio novo. O outro Paraense na competição, o Cametá, time novinho, fundado em 2007, ficou na 1ª fase. E só participou da competição porque nenhum clube de Roraima pôde, devido a falta de recursos e a quase ausência de apoio da CBF.
O Águia de Marabá vem se destacando ultimamente, passando de fase na Série C, sempre lotando os 5,000 lugares do Zinho de Oliveira, irá encarar um surpreendente ABC, que rebaixado ano passado, está fazendo bela campanha no Nordestão. O Paysandu também passou de fase, e com uma grande campanha, e agora enfrentará o Salgueiro, de Pernambuco. Mas quem realmente tem do que se lamentar é o São Raimundo do Pará. Campeão da Série D ano passado, o clube para lá voltou com uma campanha vexaminosa; 3 pontos em 8 jogos, nenhuma vitória, 8 gols marcados e 15 sofridos. E por mais incrível que pareça, não foi a pior defesa do grupo!
Quem conseguiu superar o São Raimundo nesse quesito foi o Rio Branco do Acre. A torcida e a diretoria do clube da capital buscavam alçar vôos maiores, não só o de se manter na Série C. Para compensar isso, investiram para a Série C, mas não conseguiram alcançar o objetivo, e pior, tomaram duas chapuletadas do Águia e do Paysandu, ambas no Pará; 4 x 0 e 6 x 2, respectivamente. O outro representante do estado em disputas nacionais, o Náuas, tem uma história curiosa. Foi fundado em 23, na cidade de Cruzeiro do Sul, sendo o 2º clube mais antigo do estado, perdendo para o Rio Branco, fundado em 19. Mas o Náuas só foi se profissionalizar em 99, e conseguiu vaga na Série D com o vice do Campeonato Acreano, perdendo para o Rio Branco. Bem, este teve muitas dificuldades. Poucos são os clubes da região que tem cacife financeiro para se manter numa disputa nacional, ainda que com grupos regionais. O Náuas foi lá, encarou as dificuldades, mas acabou sucumbindo, com apenas 1 ponto em 6 jogos, mais uma dívida de R$120,000.
Em Rondônia, o Vilhena já se apresenta como nova força, mas ainda tem muito o que provar no âmbito nacional, se bem que nos últimos 3 anos, tenha forçado o jogo de volta na Copa do Brasil (é sempre bom lembrar que nas primeiras fases da Copa do Brasil, caso um time visitante vença o mandante por 2 ou mais gols de diferença eliminará o jogo de volta. Por exemplo, caso um time de MG vença um do SE por esse placar em SE, não precisará jogar em MG. ). Nessa Série D, o time conseguiu 6 pontos em 6 jogos, 6 pontos advindos de duas vitórias sobre o Náuas. O Cristal do Amapá apenas fez figuração, com apenas uma vitória e um empate, ambos em casa.
O estado do Amazonas conta com apenas um representante em competições nacionais. Trata-se do América de Manaus. O América ia mudar de nome, passando a se chamar Manaós, para tentar atrair a população do estado, além de novos patrocinadores, e como nem um nem outro vieram, a mudança foi cancelada. O time conseguiu alcançar a 3ª fase da Série D e enfrentará o já citado Vila Aurora.

Nenhum comentário:

Postar um comentário