quarta-feira, 30 de junho de 2010

Zé Américo


A maioria das pessoas vão se perguntar, "quem é Zé Américo?".Mas isso não vai acontecer em Taubaté.Zé Américo foi um dos mais importantes jogadores da história do clube, ficando por lá de 54 a 61, e ganhando o título da Séria A2 no ano em que chegou.Depois que encerrou a carreira, ficou em Taubaté mesmo, vivendo de maneira bem simples.
Mas como acontece com a maioria dos jogadores bresileiros, foi esquecido com o passar do tempo, e sem nenhum tipo de apoio, atravessou um período de dificuldades financeiras.Recentemente, na porta do Estádio Joaquim de Morais Filho, havia um bilhete, falando sobre as dificuldades de Zé Américo.Sua esposa, com quem está a 55 anos, estava com Alzheimer.Mas a questão é que não foi Zé quem esceveu o bilhete, mas um conhecido seu.E só depois disso, é que a ajuda chegou.Hoje as dificuldades não são mais tão grandes, mas custava ver como estava Zé e sua família, já que eles moram praticamente do lado do estádio?
Jogador de futebol é um negócio complicado, especialmente quando se para.Mesmo se for o Camanducaia, Tamandaré ou o Domingos, existe um reconhecimento.Logo, é plausível perguntar como o ex-jogador lidará com isso; viver com adrenalina máxima, para depois, reduzir seu ritmo de vida de maneira drástica, e quase certo de que passará por dificuldades, já que só sabe jogar.Até ex-jogadores que se deram bem se afundaram nisso; Walter Casagrande, e até mesmo Diego Maradona, se afundaram de vez na cocaina após terem encerrado a carreira.Pode-se dizer que o jogador poderia ter estudado, mas havia estrutura e apoio para isso?O caso de Sócrates, que se formou em Medicina enquanto estava np Botafogo de Ribeirão Preto, e ainda mais o de Finazzi, que estudou engenharia antes de se tornar jogador, aos 25 anos, são atípicos.
Mas estes são jogadores de times "grandes", a situação dos ídolos dos times pequenos é bem diferente, temos o exemplo de um dos jogadores que ganhou o título paulista de 86 com a Inter de Limeira, que morreu em 2008 como segurança em São Bernardo.E temos tantos outros por aí, e fica a pergunta, como podemos ajudá-los?Assitencialismo pura e simplesmente não é a solução.Ajudar financeiramente é importante sim, mas o psicológico e emocional não podem ficar de lado.Reconhecimento pelo serviço prestado a um time, e no caso dos clubes do interior, a uma cidade (você já tinha houvido falar de Novo Horizonte e Itápolis antes de seus times, Novorizontino e Oeste, ficarem famosos, só para ficar em dois exemplos), não podem, e não devem, ser simplesmente esquecidos, coisa de tocedor/historiador...

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