quarta-feira, 11 de maio de 2011

Sobre a Série D e a falta de apoio da CBF

Dentro de pouco tempo, começará a Série D, o torneio mais democrático do país, com equipes de todos os estados, seja do interior, da capital. Mas como ficou claro, a competição não conta com nenhum apoio da CBF. Mas antes de falar especificamente disso, façamos um balanço de todo o causo.


A Série D foi criada para desafogar a Série C, que teria um modelo de disputa semelhante ao das 2 primeiras divisões do país, ou seja, 20 clubes que jogariam entre si em turno e returno, com os 4 primeiros subindo para a Série B e os 4 últimos indo para a Série D. Tudo muito bonito no discurso, mas que não ocorreu na prática. Hoje, a Série C consiste em 4 grupos regionalizados com 5 equipes cada, e sem apoio da CBF. Se a entidade máxima do futebol brasileiro não dá atenção para a Série C, o que esperar em relação à D?


Por exemplo, as Séries A e B contam com recursos publicitários, televisão, contratos de patrocínio próprios de cada clube, além de uma gratificação da CBF. Não dá pra esperar que as Séries C e D tenham os mesmos recursos, mas a CBF não disponibiliza absolutamente nada. É um tanto quanto desconexo ajudar clubes que estão em evidência nas Séries A e B, garantindo sua participação nesses certames, e não oferecer a mesma garantia para clubes que precisam mais. Temos visto a atenção dada pela CBF no que tange aos direitos televisivos dos clubes da Série A e de alguns da Série B, mas colocar os demais clubes no ostracismo está longe do ideal.


Entendemos que futebol profissional não é caridade, mas o que está contecendo atualmente é pura e simplesmente má fé. Por exemplo, o América de Teófilo Otoni-MG, desistiu pois os custos seriam de R$400 mil, incluindo salários e tudo o mais, só na 1ª fase. Salários e afins são responsabilidade do clube, mas não ajudar nem na intermediação nas negociações de direitos televisivos é cretinice.


A CBF agora pretende criar a Série E. Aí nos pergutamos; se a Série D já é esquecida, o que será da Série E? As divisões inferiores do futebol brasileiro apresentam uma série de questões a serem pensadas, e soluções são difíceis, mas mais apoio oficial, tanto da CBF quanto das Federações estaduais, seja com recursos ou com planos que facilitem a vida dos clubes, e dos torcedores, gestões mais profissionais e mais sérias, em suma, coisas que ultimamente estão faltando no futebol brasileiro...

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