Segunda Divisão Paulista - Grupo 4 - Cotia

O Cotia FC partirá para seu segundo ano como equipe profissional. Em 2011, o time surpreendeu, chegando a passar de fase, mesmo com muitos problemas, principalmente financeiros. Na primeira fase, o clube teve o 2º melhor ataque e a 3ª pior defesa de seu grupo, com 27 gols marcados e 23 sofridos em 14 jogos. Já na segunda fase, a equipe ficou em último...também pudera; marcou 7 e levou 13 em 6 jogos.

Procurando superar 2011, a diretoria tomou uma série de medidas, entre elas melhorias pontuais no estádio Euclides de Almeida, como vagas especiais no estacionamento, uma mãozinha de tinta, entre outras coisas. Além disso, os projetos para as arquibancadas temporárias e a cabine de imprensa estão quase prontos.

Bem, e como já é de costume, falaremos do campo esportivo. Até meados de março, o time não tinha definido o técnico, e os jogadores estavam treinando sob a batuta do diretor de futebol, Toninho Ortega. Apesar disso soar como esculhambação, não foi tanto, pois Ortega também é técnico, tanto que comandou o próprio Cotia ano passado. Por fim, foi definido que Silva, técnico formado na base do São Paulo FC, será o treinador do clube. E falando em SPFC, o Cotia terá uma parceria com o time da capital, que além do técnico, cederá alguns atletas que não serão aproveitados no time principal, e até mesmo nas categorias de base.

Agora, sobre essa parceria, um comentário; com toda a certeza, é benéfica, mas existem algumas arestas. Silva tem potencial, mas esse será seu primeiro campeonato profissional, a Série B Paulista é uma competição muito dura, e experiência ajuda. Também temos de esperar para ver qual será a postura dos atletas cedidos pelo São Paulo, se terão comprometimento com o Cotia ou se o consideram apenas como uma vitrine. Além do mais, ainda não foram definidos os atletas que serão cedidos. Os amistosos, que poderiam servir de parâmetro, foram contra equipes de empresários, caso do Cargil, time de Gilmar, que quando goleiro, chegou a defender o Palmeiras, ou amadoras, como o Cajazeiras. Ambos os jogos terminaram em 4 x 0 para o Cotia, o que sem dúvida é algo digno de nota, mas que não servede parâmetro para o campeonato.

Ainda sobre o esportivo, o time terá um perfil bem definido, se assim podemos dizer. O time contará majoritariamente com jovens, e o mais famoso é Rincón, que não carrega esse nome por apelido; é filho do volante colombiano Freddy Rincón (não precisamos dizer que a torcida espera que ele jogue que nem o pai). Além disso, houveram testes para atletas de várias categorias. Foi assim que o clube contratou o meia Enzo, com passagens pelo futebol capixaba. Nas categorias de base, o treinador é Ailton Ferreira, que trabalhará em conjunto com o elenco principal. O melhor momento da base foi um confronto com a base do Santos, que ainda que tenha vencido a equipe cotiense (ou cotiana?) por 4 x 1, só construiu esse placar quando o CFC efetuou uma série de alterações. Dizemos isso pois foi o Cotia quem abriu o placar.
Tendo em vista que a equipe sofreu com vários problemas de contusão no ano passado, a diretoria está trabalhando no sentido de modernizar a estrutura do clube, sobretudo nos treinos físicos, visando aumentar resistência dos atletas e evitar possíveis presenças no departamento médico.

Seja como for, outra expectativa é de que o clube emplaque de vez. Ano passado, a equipe teve uma média de 259 pagantes, que ainda que tenha sido a 15ª melhor média do campeonato, ainda é pouco. Além do Cotia, a cidade teve mais 2 times, a Central Brasileira (que em 88 se mudou para Espírito Santo do Pinhal, onde disputou apenas um campeonato) e a A. A. Coti,a que não obtiveram muito sucesso. A expectativa é de que isso não se repita com o atual Cotia.

Depois de tudo isso, o que podemos falar sobre a estréia do Cotia, que será contra o Desportivo Brasil? Que o clube promete o acesso, isso promete, mas efetivamente falando, uma campanha melhor que a do ano passado é viável. Mas é sábido que fazer prognósticos sobre a Segundona Paulista é complicadíssimo, então, o melhor será esperar e ver...

Guia da Segunda Divisão Paulista 2012 - Grupo 5 - Atibaia

Para 2012, muitos clubes estão passando por uma reformulação, visando alcançar melhores resultados, mas poucos terão um processo tão profundo quanto o Atibaia. Apesar de serem poucas mudanças, fundamentalmente duas pra ser mais exato, a profundidade de tais medidas é gigante; os alvos foram a presidência e a gestão de futebol. Falemos primeiro do cargo de mandatário. Depois de anos como presidente, Aparecido da Silva, o popular Cidão, passa o bastão para o empresário Edvaldo dos Santos. Cidão havia pêgo o clube em um estado deprimente, e conseguiu dar alguma expressividade a ele, colocando-o na briga pelo acesso em algumas ocasiões, e diga-se de passagem, a maior parte do tempo isso se deu de maneira autônoma. E falando sobre a gestão do futebol, o Atibaia tem uma parceria desde o ano passado, com a Enjoy Sports, e as decisões eram tomadas em conjunto entre Cidão e a parceira. Mas em dado momento do ano passado, a parceira assumiu as decisões administrativas, pelo menos de maneira extra-oficial, muito por um desgaste pessoal do presidente. Para 2012, a adminstração será de incubência da empresa gestora. Talvez essa situação de indefinição colaborou para a má campanha de 2011, quando o clube foi o penúltimo, somando 14 pontos em 14 jogos, conseguindo levar 30 tentos.

O Atibaia, ao contrário de outras equipes do campeonato, não possui apoio da prefeitura, e não poucos dizem que a relação entre as duas partes se não chega a ser tensa, também não é das mais amistosas. Tais entreveros podem ter gerado os problemas na liberação do estádio Salvador Russani, que precisa de arquibancadas temporárias para atingir a capacidade mínima que a FPF exige para os jogos, que é de 5 mil pessoas. Houve uma briga de empurra para se ver quem colocaria as arquibancadas, o que tem comprometido as médias de público do time. Acompanhando o número de pagantes dos últimos anos, o Atibaia nunca superou a média de 130 por jogo, lembrando que média pagantes não é necessariamente média de público. Agora, um adendo; sobre a exigência da FPF, que venhamos é convenhamos, é uma exigência que de tão rigorosa chega a ser absurda, tendo em vista as médias de público do campeonato

Mudando de assunto, mas não de foco, a preparação já começou, e o técnico será Alberto Félix, que está se destacando por defender um futebol ofensivo. O clube já está realizando peneiras para suprir as categorias de base, muito úteis nessa competição. E o clube começou bem; disputou quatro amistosos, empatou um e venceu quatro, sendo o último disputado dia 24/03 no Salvador Russani; o Falcão venceu o time sub-20 Red Bull, que possui uma das melhores estruturas do estado, diga-se de passagem.

Resumindo, o clube espera repetir os primeiros anos da gestão Cidão, quando chegou a brigar pelo acesso. Além disso, a torcida espera que as pendengas com a prefeitura possam acabar, e por quê não, algum apoio, ainda que tímido, do município.

Segunda Divisão Paulista 2012 - Grupo 2 - Grêmio Novorizontino

Assim como AEA e Pirassununguense, o Novorizontino voltará ao Campeonato Paulista em 2012. Talvez os mais novos não se lembrem, mas o Novorizontino foi um clube que teve uma ascensão, e uma queda, rápida e surpreendente. De vice-campeão Paulista em 1990, passando a Campeão da Série C do Brasileiro em 94, à time licenciado em 99. De lá pra cá, os quase 37 mil habitantes de Novo Horizonte ficaram sem um time para torcer, pelo menos um time que representasse a cidade.

De fato, a espera acabou, mas como isso aconteceu? Vamos lá, mas por partes. O clube sempre contou com o apoio de patronos; em sua ascensão era comandado pela família De Biase, e em sua queda estava com os Chedid, que até hoje estão no Bragantino.

Em seu retorno, o Grêmio Novorizontino não contará com nenhum mecenas, mas sim com um grupo de pessoas identificadas com a cidade e com o time. Alguns dos articuladores da volta do clube são atletas que passaram pelo time em seus bons e maus momentos, caso de Genílson, Luis Carlos Goiano e Alessandro Cambalhota, que aos 38 anos, deixou a aposentadoria de lado, para defender, nem que seja só por esse ano, o clube que o revelou. Até mesmo o técnico é o mesmo dos tempos aúreos; Walter Zaparolli, que volta ao clube que o projetou 26 anos atrás. Zaparolli é especialista em acessos, tendo conquistado ao longo de sua carreira 13, além de ter contribuido na salvação de rebaixamentos de diversos clubes. Muitos jogadores serão aproveitados das categorias de base, que estão ativas desde 2010. O Novorizontino terá o departamento de futebol autônomo, sem a gestão de parcerias, e a inteção é aproveitar o potencial da região e do clube, que já revelou vários jogadores de expressão, como Márcio Santos e Paulo Sérgio, campeões do mundo em 94 pela Seleção Brasileira.

A maior parte de Novo Horizonte apoia o retorno do clube. Empresas já se disponibilizaram para dar algum suporte à equipe, e os torcedores, que não desistiram do Tigre um instante sequer, prometem apoiá-lo incondicionalmente, nessa etapa de restruturação.

E assim como o AEA, o clube teve de passar por um processo de “reformulação”, bem menos radical que a equipe de Araçatuba...também por quê esse processo de retorno foi um pouco diferente. O Grêmio Esportivo Novorizontino se licenciou em 99, pois estava afundado em dívidas, o que tornava uma volta extremamente invíavel. O atual Grêmio Novorizontino, legalmente falando, é um clube totalmente novo. Mas o atual Novorizontino reivindica a tradição do antigo, tanto que foram feitas apenas mudanças pontuais no nome e no distintivo, tanto que o uniforme e até mesmo o hino serão os mesmos.

O acesso é o sonho, mas todos estão com os pés no chão; a meta é reconstruir o clube, e aumentar seu patrimônio, como o projeto de construção de um CT propoem. Seja como for, a expectativa é alta, nem tanto quanto a felicidade de ver o clube de volta aos gramados. Apesar da euforia, todos estão pacientes e seguros, pois têm certeza de que o pior já passou, e de que de agora em diante, o futuro será sinônimo de vitórias.

Guia da Segunda Divisão Paulista 2012 - Grupo 3 - Guariba

Cá estamos para falar do Guariba, clube que representa a cidade homônima, que carrega a alcunha de "Cidade Primavera". Depois de um 2011 frustrante, a expectativa é que as coisas finalmente aconteçam conforme o esperado. Desde que voltou ao Campeonato Paulista em 2006, fala-se que a Cobra Caniveira vêm forte, e ainda que realmente mostre força, fica aquém do esperado; eventualmente o clube cai na 1ª fase, mas na maioria das vezes passa pra 2ª, onde invariavelmente é eliminado. Além disso, pode-se dizer que o azar é uma constante; apenas em 2009 o clube não enfrentou nenhum time que conquistou o acesso. A situação chegou ao cúmulo do inusitado em 2011, quando o Guariba enfrentou o Barretos na 1ª fase, e na 2ª a equipe pegou Guaçuano e Capivariano. Somando esses encontros temos 6 jogos, no qual o GEC empatou 2 (contra o Barretos) e perdeu os outros 4, com direito a uma sapatada de 5 x 1 que tomou do Guaçuano, isso em Guariba.

Bem, mas o que esses números querem dizer? Além de que o clube não lida bem com decisões, pouca coisa, afinal de contas, manutenção de base na Série B do Paulista é coisa rara, e o Guariba não é excessão. Mas nunca passar dessa barreira também é algo digno de nota. Se é incompetência ou urucubaca não sabemos, mas sabemos que esse ano a diretoria quer quebrar essa escrita.

O apoio financeiro não será lá muito grande, mas o suficiente para manter uma estrutura adequada para a disputa (e isso é algo que é digno de louvor). Além disso, a Quermesse do Guariba virou tradição, contribuindo muito para as finanças do time, e para o imaginário da equipe do blog, que um dia pretende estar lá. Mas há um porém, que confirma o ditado de que o Brasil não é o país do futebol, e sim o país da festa; apesar do público que a quermesse recebe (tiramos isso do fato de que as despesas mensais do clube em 2011 eram de cerca de R$35 mil, arrecadavam-se R$24 mil dos patrocínios, e os R$9 mil restantes eram gerados de outras maneiras, sobretudo as Quermesses), os jogos do Guariba não são muito apreciados pela cidade; em 2011 a média foi de 183 pagantes por jogo, algo que a diretoria e os torcedores devem se esforçar para superar.

Para além do folclore, a diretoria está se organizando de maneira séria, a começar pelo treinador, que será Douglas Neves, que está realizando bons trabalhos nos últimos anos, sobretudo na Portuguesa Santista ano passado, quando não conseguiu o acesso por pouco. Ele e o restante da comissão técnica serão responsáveis pela montagem do elenco e da supervisão das peneiras, pois o Guariba é um dos clubes sem parcerias, e apesar dos recentes insucessos, o clube vêm conseguindo se manter de maneira autônoma, o que é notável.

Seja como for, para esse ano os obstáculos serão muitos, mas pelo menos o azar, num primeiro momento, está fora de questão, pois a Cobra Canavieira possui condições de superar seus rivais. Resta esperar para sabermos se o clube mostrará um poder de decisão que vêm lhe faltando a um bom tempo...

Segunda Divisão Paulista 2012 - Grupo 1 - Araçatuba

Depois de muito tempo afastado do Campeonato Paulista, o AEA (Associação Esportiva Araçatuba) volta com tudo...e um tanto quanto diferente, diga-se de passagem. Mas antes de abordar o AEA em si, cremos ser de valia falar sobre o futebol da cidade nos últimos anos.

O cidadão de Araçatuba gosta de futebol, e é sabido que todos ficaram tristes com o afastamento do Canarinho. A cidade não ficou muito tempo sem um representante, pois o Atlético Araçatuba veio para preencher essa lacuna, e ainda que a cidade tenha abraçado o novo clube, não o fêz com tanta força como com o Canário, que estava falido muito pela crescente dificuldade de se fazer futebol no interior paulista, mas também pela incopetência e má vontade de algumas direções anteriores.

Assim sendo, o clube voltou firme e forte para o Paulista, e agora falaremos o por quê que ele voltou "diferente". Como já dissemos, o clube se licenciou por quê não possuía mais condições de disputar um campeonato profissional. A salvação veio através de uma prática cada vez mais comum no futebol paulista; parcerias. Poucos são os clubes que conseguem manter de maneira autonôma seu departamento de futebol, nisso, apelam para empresas gestoras, que administram o futebol do clube, injetando recursos de toda ordem, financeiros e esportivos, procurando expandir sua marca e lucrar com possíveis transações de atletas. E quanto mais o clube subir, maior será o lucro. No caso do AEA , a empresa será a WPSB, comandada por Waldir Peres, que quando atleta, era um goleiro que chegou a defender a Seleção Brasileira, num tempo em que isso realmente significava algo. Procurando "modernizar" a imagem do clube, a administração fez algumas mudanças no distintivo e no uniforme (o distintivo antigo foi incorporado no novo, e o uniforme, antes totalmente amarelo, terá listras azuis).Alguns gostaram, outros não, mas o importante é que a equipe voltará, então as modificações passam.

Seja como for, a empresa entrou em acordo com a diretoria do clube, administrará as equipes profissionais e de base, com atenção especial para esta última, tendo em vista que de lá é que podem sair futuros atletas da equipe, e como a Série B do Paulista é uma competição sub-23, peneiras já estão sendo promovidos, procurando pinçar talentos. Alguns nomes já foram acertados, como o meia Edgar e o lateral Nelinho, formados na base de grandes clubes brasileiros, e serão comandados pelo técnico Avelino de Carvalho, que terá essa como sua primeira experiência no futebol paulista.

A diretoria espera que a equipe faça um bom campeonato, e afirmam que a briga pelo acesso se dará de fato no ano que vem, mas isso não quer dizer que não haverá esforço para o acesso esse ano. A torcida está ansiosa, a diretoria, organizada, e a comissão técnica está motivada. Todos estão otimistas, mas esse otimismo só se concretizará com o desempenho da equipe em campo. Mas o mais importante é a volta do AEA, e não só os torcedores, mas todos aqueles que gostam do futebol interior, esperam que os maus momentos do clube, que chegou a ser conhecido como o "Íbis Paulista", tenham ficado para trás...

Segunda Divisão Paulista 2012 - Grupos

Como já dissemos anteriormente, os grupos já foram definidos, e faz tempo. Assim sendo, aqui vamos a eles, antes de continuar nosso guia. Lembrando que os grupos são regionalizados, e que passam os 3 primeiros de cada grupo, mais os 3 melhores 4º colocados. Aí vai

GRUPO 1

Associação Esportiva Araçatuba
Clube Atlético Votuporanguense
Fernandópolis Futebol Clube
Grêmio Desportivo Prudente
Tanabi Futebol Clube
Tupã Futebol Clube

GRUPO 2

Clube Atlético Taquaritinga
Grêmio Novorizontino
Jaboticabal Atlético
José Bonifácio Esporte Clube
Olímpia Futebol Clube
Sociedade Esportiva Matonense

GRUPO 3

Américo Esporte Ltda
Clube Atlético Lemense
Clube Atlético Pirassununguense
Guariba Esporte Clube
Olé Brasil Futebol Clube S/A
Radium Futebol Clube

GRUPO 4

Cotia Futebol Clube
Desportivo Brasil Participações Ltda
Elosport Capão Bonito
Esporte Clube Primavera
Itapevi Futebol Clube
Sumaré Atlético Clube

GRUPO 5

Associação Desportiva Guarulhos
Nacional Atlético Clube
Osasco Futebol Clube
Sport Club Atibaia
Sport Club Barueri
União Suzano Atlético Clube

GRUPO 6

Associação Desportiva Manthiqueira Futebol Ltda
Clube Atlético Joseense
Clube Atlético Mogi das Cruzes de Futebol
Esporte Clube União Suzano
Jacareí Atlético Clube
União Futebol Clube

GRUPO 7

Associação Atlética Portuguesa
Associação Desportiva Guarujá
Esporte Clube São Bernardo
Grêmio Esportivo Mauaense
Jabaquara Atlético Clube
São Vicente Atlético Clube

Segunda Divisão Paulista 2012 - Grupo 2 - Olímpia

Ano passado, a expectativa era de que o Olímpia conquistasse o acesso para a Série A3, afinal, o clube teria apoio, que se não era grande, era consistente, muito mais do que a maior parte dos clubes do campeonato. De fato, o clube foi longe, chegando até a 4ª fase, mas isso não quer dizer necessariamente que o desempenho foi regular. O clube vencia, mas não emplogava; usando como exemplo o ataque da equipe, entre os clubes classificados nos grupos que o Olímpia passou, o Galo Azul sempre foi o pior, o que levou a classificações na bacia das almas, como na 1ª fase, em que o clube terminou em 4º, com os mesmos 18 pontos do Jaboticabal, passando pelo saldo de gols, que foi de 7 a 4. Em contrapartida, a defesa do clube ficou entre as melhores dos clubes classificados, mas na fase que iria decidir o acesso, esse pilar sucumbiu, e somada à ineficácia do ataque, o clube teve um péssimo desempenho; 4 gols pró e 14 contra.

Para esse ano, a expectativa se mantêm, e o clube está se organizando para que as metas traçadas sejam alcançadas. Para tanto, foi criado o GAPO (Grupo de Apoio ao Olímpia FC), uma organização composta por moradores da cidade, que é composto por empresários, comerciantes, trabalhadores, enfim, por torcedores do Olímpia, que trabalharão em conjunto com a diretoria do clube, e com gestora do futebol, a empresa Brumed. A diretoria afirma que absorveu as lições do ano passado, e que procurarão trabalhar em todos os sentidos para que o acesso se concretize. Um projeto de reformulação da administração e da imagem do time foi inciado, o que explica o novo distintivo do clube (que não muda muita coisa do antigo, como podemos ver no começo da matéria, esquerdo velho, direito novo).

Na última edição da Segundona, o Olímpia teve a 8ª maior média de público da competição, mas não chegou perto da marca dos 1,000 pagantes; em números exatos, a média foi de 440. Pensando nisso, o GAPO elaborou um projeto de sócio-torcedor, e a diretoria deu respaldo. Ao que tudo indica, o plano foi bem elaborado, pois antes mesmo da competição, 50% da meta de adesões foi preenchida. Além do projeto de sócio-torcedores, está ocorrendo uma eleição para se decidir qual é o melhor dia e horário para as partidas; no momento, a eleição está entre sexta-feira às 19:30 ou o domingo às 10:00.

Que o clube está se organizando administrativamente, isso é fato, mas temos de ressaltar que o elenco ainda não está fechado (dos 28 jogadores pretendidos, 12 foram contactados), nem o treinador foi definido. Tendo em vista que a competição começará em maio, talvez apenas 1 mês seja insuficiente para fazer frente aos duros rivais de seu grupo, no caso, Jaboticabal, José Bonifácio, Matonense, Novorizontino e o adversário da estréia, o Taquaritinga.

Todos em Olímpia estão trabalhando pelo acesso, mas também foi assim em 2011. Como já dissemos, a diretoria afirma que aprendeu as lições, resta saber se irão aplicá-las.

Segunda Divisão Paulista - Grupo 3 - Radium

Pelo título, já se pode ver que foram definidos os grupos da competição, e falaremos disso quando for oportuno (ou seja, o mais rápido possível, já que não é uma notícia tão atual). Mas agora, abordaremos o Radium de Mococa, que de time quase licenciado passou a integrante da 4ª Divisão.

Primeiro, falemos do que levava o Radium a não disputar o certame. Basicamente, era seu estádio, o São Sebastião, que não possuía os laudos que garantiriam que tivesse condições de receber jogos oficiais. Para se ter condições, reformas eram necessárias, mas não haviam recursos para realizá-las. Pois muito que bem, a diretoria conseguiu os recursos, efetivou a reforma do estádio, entregou os laudos, e o Periquito foi incluso no campeonato.

Agora vem a segunda parte; a esportiva. A base do time está se estabelecendo, sob o comando do treinador Ricardo Cascarão, e a integração com as categorias de base se dará com a ajuda de profissionais que defenderam o Radium quando jogadores, caso de Natanael, técnico do sub-15. As categorias de base são de suma importância para esses clubes, já que geralmente, os recursos financeiros são muito limtados, muito devido à "ajuda" que a FPF cede a esses clubes; aproximadamente R$13 mil para uma competição que pode ir até outubro.

Sobre a torcida, as expectativas são as melhores possíveis. Órfãos de seu time a um bom tempo, a torcida radiúnica (é um dos melhores nomes para torcedores que já vimo...sério mesmo) já começa a se organizar, para apoiar o clube em casa e fora. Um programa de sócio-torcedor já foi concebido, que prevê facilidades para os jogos em Mococa, e até mesmo para os fora de casa.

Mas caso o Radium queira passar de fase, terá de suar a camisa, e muito, já que seu grupo é muito forte; Américo Brasiliense, Guariba, Lemense, Pirassununguense e Olé Brasil, que será o primeiro adversário do Verdão da Mogiana. Resta esperar para vermos se o Radium poderá fazer frente à todos os obstáculos que aparecerão...

Guia da Segunda Divisão Paulista 2012 - Pirassununguense

Depois de 4 anos longe do futebol profissional, o Pirassununguense participará da Série B do Paulista desse ano...dessa vez é pra valer. Isso por quê há anos o CAP ensaia voltar ao profissionalismo, mas esbarra em algum obstáculo, deixando seus torcedores na mão. Mas esse ano as coisas serão sérias, tanto que o estádio Belarmino Del Nero foi reformado e atenderá as exigências da FPF, e em âmbito esportivo, clube está treinando desde o começo do ano sob o comando do técnico Ricardo Nascimento, ou simplesmente Lingue, que comandou o Palmeirinha de Porto Ferreira na última edição do Paulista.

A presença de Lingue está vinculada à parceria do Gigante do Vale com uma empresa, a Salto Sports, que administrou o futebol do Palmeirinha ano passado. A promessa é de que o Pirassununguense conquiste acessos em um futuro próximo, tendo em vista que o projeto será de longo prazo. Tanto é assim que o clube realizou, e realizará, peneiras, procurando preencher as categorias de base, visando a revelação de atletas.

Mas quais são as expectativas para essa Segunda Divisão? Usando como parâmetro o Palmeirinha do ano passado, o clube fez campanha segura, passando da 1ª fase com um desempenho sólido, marcando 17 gols e sofrendo 6. Não se pode ignorar o fato de que o grupo que a equipe fazia parte possuía 6 clubes, passando 4 para a próxima fase, e os dois últimos dessa chave foram os desorganizados São Judas e CAL Bariri, mas isso não diminui mériro da campanha do Palmeirinha. Mas na 2ª fase, o clube não se impôs numa chave com Barretos, ECUS e Cotia, conquistando apenas 2 vitórias, e somando 4 derrotas. Os dirigentes da Salto Sports afirmam que farão o possível para construir uma boa média de público em Pirassununga. Mais uma vez comparando com o time de Porto Ferreira, o clube teve a 17ª melhor média da competição, porém, a média foi de apenas 212 pagantes por jogo. Antes de concluir qualquer coisa, isso são apenas números, e futebol não são apenas números; ou seja, não sabemos qual era a realidade do elenco e da cidade. Mas a diretoria deve saber lidar com números e com a imprevisibilidade do futebol.

Resumindo; há potencial para uma grande campanha. A torcida apoiará o clube, afinal, são 4 anos sem ver o time, o segundo mais antigo do estado, que fundado em 1907, perde apenas para a Ponte Preta. E todo trabalho guiado com seriedade pode ir longe. Resta saber quão longe o Gigante do Vale irá na competição.

E a FPF novamente nos surpreende (nesse caso, de maneira feliz)

Em um post anterior, afirmamos que uma série de equipes não iria participar do Paulistão da Segunda Divisão. Mas hoje, aproximadamente às 19:30, a entidade máxima do futebol paulista nos agravia com uma bela notícia; sete equipes foram confirmadas na última hora; ECUS, Matonense, Primavera, São Vicente, Sumaré, Tanabi e União Suzano.

A má notícia é que haverão apenas 10 jogos na 1ª fase, pois com 42 equipes, serão grupos de 6 times. Ou seja, várias equipes terão apenas 10 jogos profissionais em 2012. É algo que a FPF deve repensar, caso realmente queira o melhor para o futebol paulista. Mas por uma série de motivos, principalmente o auxílio de 13R$ mil para cada equipe disputar uma competição que pode ir até novembro, caso determinado clube chegue nas fases finais. Seja como for, ficamos felizes por essas adições, e pelo fato da Segunda Divisão Paulista voltar a ser o maior certame do futebol brasileiro...