"Já que estou sendo roubado"...

O futebol carioca é pródigo em se tratando de fatos esdrúxulos. Mas também, os times do interior do estado tem algo, que sabemos lá, chama a atenção. Seja como for, gostamos muito de ver jogos do carioca que não envolvam nenhum dos 4 clubes da capital que estão no topo esportivo. Um Olaria vs Bonsucesso, ou América vs Bangu é incomparável.

Mas os jogos envolvendo esses times e os tidos como grandes também são bons, e lá também ocorrem fatos dignos de nota. Talvez os conhecedores do futebol carioca já saibam do que estamos falando. No dia 16/03/97, em Itaperuna, vimos um gesto que não temos palavras para classificar. O jogo era entre Itaperuna e Vasco, no Jair Bittencourt, em Itaperuna. A equipe do interior do estado até que vinha bem, a despeito de algumas sapecadas que levava. Mas naquele jogo, parecia que o Itaperuna ia quebrar uma marca; venceria o Vasco pela primeira vez em sua história. O jogo estava 2 x 2, mas o time da casa estava bem melhor, pressionando o Cruzmaltino em seu campo de defesa, anulando Edmundo, Juninho, Pedrino e Ramon.

Mas, em um contra-ataque, Edmundo recebe em posição polêmica (alguns dizem que foi legal, outros não), dribla o goleiro Pacato, e faz o gol, deixando enfurecidos os atletas e os torcedores da Águia do Noroeste. Quando o jogo já estava no auge do emputecimento, o juiz José Carlos Santiago toma uma medida no mínimo polêmica; expulsa 3 atletas do Itaperuna. Nisso, o treinador, Paulo Mata (que foi jogador da Portuguesa Carioca na épica vitória sobre o Real Madrid, em pleno Santiago Bernabeu, nos anos 70) toma uma atitude inédita no futebol brasileiro, quiçá, mundial; arria as calças, em forma de protesto. Mesmo com esse ato, ninguém se sensibilizou, pra falar a verdade, Mata sequer foi punido.

O melhor é que o mesmo fale sobre mais essa página da história do futebol brasileiro;

http://www.youtube.com/watch?v=TmtJsupVne8