Não sabemos se todos os conhecem, mas o Nacional de Nova Serrana está se destacando no interior mineiro. Isso depois do clube ter se destacado no futebol amador da cidade. Tamanho destaque chamou a atenção das autoridades municipais, que sob o comando do prefeito Paulo César, decidiram profissionalizar o time. Para isso, uma parceria com o Cruzeiro foi firmada. Talvez a amizade entre o prefeito da cidade e o presidente do Cruzeiro, Zezé Perrela, tenha ajudado.
Tendo isso dito, tudo dentro dos conformes, e o trabalho já está rendendo frutos. Mas havia um porém, que pouquissímas pessoas sabiam, mas que estorou recentemente, motivado pela mudança do Ituiutaba para Varginha. Quando o projeto de profissionalização do Nacional foi elaborado, nenhum empresário da cidade pôde assumir o projeto, pois nenhum tinha cacife o suficiente para sustentar um clube de futebol. Então, como o time se profissionalizou? Bem, aí é que está o podre.
Havia o Fabriciano FC, um clube empresa de Coronel Fabriciano. O presidente do Cruzeiro, vendo as dificuldades internas de Nova Serrana, fez uma proposta para os empresários do Fabriciano; que eles abandonassem Coronel Fabriciano e fossem para Nova Serrana, assumindo todo o legado 70 anos do Nacional. Com isso, dois "Nacionais" existiam em Nova Serrana. Mas muita coisa envolve isso, pois se não fosse podre, a coisa não teria sido feita da seguinte forma.
Ninguém poderia saber disso. Tanto que o presidente do clube amador se passava como presidente do profissional,e os verdadeiros dirigentes se escondiam. O clube amador continua registrado na Liga de Futebol Amador da cidade, mas não compete, justamente para se manter escondido. Não estamos falando que existe uma coisa podre, mas do jeito que as coisas foram feitas, é totalmente válido supor que ela existe.
Quando tudo foi descoberto, ninguém disse por quê fizeram isso, mas todos falaram que agora, Nova Serrana e conhecida, se destaca no interior mineiro, e que caso o clube suba para a 1ª Divisão, atrairá vários turistas, empresas, aumentará o comércio, entre outras coisas do genêro. Com isso, um medo constante de torcedores de clubes do interior apareceu; uma nova mudança de cidade. Até o momento, isso é impossível, pois o contrato firmado entra Secretaria de Esportes, a empresa que gere o time, e o Cruzeiro, impede isso. Mas e se a gestão municipal mudar? Perrela continuará apoiando o time? E se parar de apoiar, o que impediará a empresa de mudar de cidade caso uma oferta mais lucrativa for feita?
Vários setores da cidade tem interesse nessa operação feita na surdina. Políticos que a apoiaram, não disseram nada sobre o assunto, assim como parte da imprensa, que sabendo, não contou, e escondeu de quem não sabia. Nisso, o torcedor foi sacaneado, não só o do Nacional, mas o do Fabriciano, tudo por causa de interesses do mercado. Esse modelo de futebol deve morrer o quanto antes, para que isso nunca mais aconteça...
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