domingo, 5 de setembro de 2010

Cadê?

O futebol nordestino têm crescido muito ultimamente. Das últimas campanhas do Sport, última final da Copa do Brasil, na qual o Vitória acabou como vice, até nas divisões inferiores do Xampeonato Brasileiro, os clubees da região chama a atenção com seu desempenho no mínimo razoável e com uma boa média de público. Mas essa situação não é vivida por todos os estados da região.
O caso aqui é o Sergipe. Lá está tendo uma baita discussão em torno de uma pendenga envolvendo dinheiro (pra variar...). O governo sergipano entende que futebol é publicidade e tenta apoiar os times do estado, o que não é um equívoco, basta ver quantas cidades ficaram conhecidas nacionalmente nesse negócio, de Pirambu no Sergipe à Críciuma em Santa Catarina. Mas a polêmica é no tipo de apoio escolhido.
As autoridades sergipanas investem dinheiro público no futebol estadual. Dinheiro público é para outras áreas, e só deve ir para o futebol quando pode vir a beneficiar a comunidade com um todo. Não se vê o dinheiro em projetos socias envolvendo os clubes, ou em qualquer coisa do gênero. E há ainda o negócio de que a maioria das verbas vão para os clubes da capital Aracaju, enquanto os do interior ficam com as migalhas, isso quando ficam.
Mas mesmo com esses recursos, o futebol sergipano é um dos mais fracos da região. Se esse dinheiro ao menos fosse para os clubes, haveria alguma chance de melhora. Não, não entramos em contradição. O dinheiro é destinado para os clubes, mas quem enriquece são os dirigentes. Basta ver o pedido de explicação do Ministério Público do estado, que não sabe o destino de R$ 4 milhões que foram repasados para os clubes.
O presidente da Federação Sergipana de Futebol, Carivaldo Souza, aparenta querer se igualar, e quem sabe num futuro próximo, superar Ricardo Teixeira da CBF. O sergipano está no comando da FSF desde 90, e teve seu mandato prorrogado até 2012. Há toda uma rede de interesses, e embora o futebol do estado esteja caindo a cada ano, tem gente nos clubes, e provavelmente, na máquina adminstrativa sergipana, que está ganhando com isso.
Enquanto isso o torcedor sofre, e é impedido de se manifestar, pois a cada momento surgem leis que impedem o torcedor de se expressar com liberdade nos esádios. Onde já se viu não poder xingar o juiz ou o presidente do clube que só faz presepada? Mas sempre há um caminho para a luta...

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