As empresas estão tomando conta do futebol, e vemos um alto número de clubes-empresas no mundo inteiro. Inserido no capitalismo (ainda que de maneira dependente e submissa), o Brasil não foge à regra. O prinicpal pólo de clubes-empresa no país é o estado de São Paulo.
O futebol é algo meio maluco. O torcedor vê no clube muito mais do que um time de futebol, vê nele um fator de identidade, uma divindade, que ele vai cultuar em todo o santo jogo. O futebol abarca o nacionalismo e o regionalismo. Não raro, muitos torcedores do interior do Brasil deixam os clubes das capitais e vão torcer por times de sua região, que embora não sejam tão vitoriosos como os primeiros, estão mais perto, são mais palpáveis, e carregam toda uma tradição regional. Noroeste, Ferroviária e Mauaense têm como mascotes locomotivas, pois Bauru, Araraquara e Mauá são cidades com fortes marcas das ferrovias, e o XV de Piracicaba retrata o típico capiau na símpatica figura do Nho Quim, para ficar em poucos exemplos. Bem, uma empresa poderia abosrver essa carga emocional? Não. E supondo que pudesse, pela sua ótica mercantil, de conseguir lucro, tão somente o lucro, ela respeitaria isso? Se importaria com o torcedor e com a cidade que a abraçou? O Grêmio Barueri, que virou Grêmio Prudente por razões meramente comercias responde essa pergunta.
Recentemente, surgiu o boato de que o Guaratinguetá Futebol Clube Ltda se transferiria para a cidade de Americana. Bem, o boato foi confirmado. A empresa Sony Sports, que se apoderou do Guará, já que este não foi criado como um clube empresa, confirmou que recebeu uma proposta de Americana e a está estudando. Isso já enfezou uma cidade. Só que ao contrários das anteriores, isso acabou enfezando duas cidades. Americana já possui um clube, o tradicionalissímo Esporte Clube Rio Branco. O Rio Branco vive uma crise financeira sem precendentes, culpa de administrações incompetentes e corruptas. Tendo como base o desempenho da equipe no Paulistão desse ano, a diretoria dispensou uma empresa, a Talent's (que havia montado o elenco vice campeão da Série A2 do ano passado), apenas para ficar com a renda das transmissões televisivas. Montou um time medíocre, caiu para a Série A2 de novo, e ninguém viu o que aconteceu com esse dinheiro. Pior, um dos antigos presidentes é vice-presidente da FPF. Jogo de interesse na política do futebol paulista. A crise é tamanha que o clube teve de leiloar sua sede social, a qual estava praticamente abandonada pela atual diretoria, sendo utilizada apenas por mosquistos da dengue. O estádio Décio Vitta, que agora é municipal, não foi liberado pelo MP para o Campeonato Paulista por falta de estrutura. E quando se fala em diretoria, fala-se do conselho. Como assim? A diretoria do Rio Branco tá rachada; alguns diretores querem pagar as dívidas, alguns conselheiros querem licenciar o time do profissionalismo, entre outras coisas.
Resumo da ópera; em Guaratinguetá a prefeitura negocia com a empresa para manter lá um time que foi fundado pela própria cidade, e a empresa que gere o time, a Sony Sports, está vendo de ir para Americana, pois lá terá melhores condições, pois empresários e prefeitura estão dispostos a investir num novo clube e deixar o Rio Branco às moscas, sendo que muitos que estão na prefeitura colaboraram diretamente para a atual situação do time de Americana.
Nessa sexta feira, dia 24, torcedores do Guaratinguetá sairão do Vale do Paraíba em direção a São Paulo, para pressionar a FPF, visando assegurar a permanência do Guará em sua cidade. Só que a entidade já sinaliza a aprovação de um projeto de um novo clube na cidade, a Associação Desportiva Mantiqueira, que se efetivada, irá disputar a Segunda Divisão do Campeonato Paulista. É engraçado ver que os diretores da FPF pensem que uma cidade vai trocar um clube pelo qual batalharam para que ele estivesse onde está agora por outro que i
rá ter de fazer todo esse percurso novamente. Pensam que o torcedor, aquele que vê no clube algo indescrítivel, e que graças a ele se encaixa numa coletividade, numa espécie de tribo ou família, vai aceitar isso tranquilamente. Esperamos ver os torcedores de Guaratinguetá aqui sexta, e damos nosso apoio e solidariedade à eles e aos torcedores do Rio Branco, que já manifestaram sua opinião sobre isso...
O futebol é algo meio maluco. O torcedor vê no clube muito mais do que um time de futebol, vê nele um fator de identidade, uma divindade, que ele vai cultuar em todo o santo jogo. O futebol abarca o nacionalismo e o regionalismo. Não raro, muitos torcedores do interior do Brasil deixam os clubes das capitais e vão torcer por times de sua região, que embora não sejam tão vitoriosos como os primeiros, estão mais perto, são mais palpáveis, e carregam toda uma tradição regional. Noroeste, Ferroviária e Mauaense têm como mascotes locomotivas, pois Bauru, Araraquara e Mauá são cidades com fortes marcas das ferrovias, e o XV de Piracicaba retrata o típico capiau na símpatica figura do Nho Quim, para ficar em poucos exemplos. Bem, uma empresa poderia abosrver essa carga emocional? Não. E supondo que pudesse, pela sua ótica mercantil, de conseguir lucro, tão somente o lucro, ela respeitaria isso? Se importaria com o torcedor e com a cidade que a abraçou? O Grêmio Barueri, que virou Grêmio Prudente por razões meramente comercias responde essa pergunta.
Recentemente, surgiu o boato de que o Guaratinguetá Futebol Clube Ltda se transferiria para a cidade de Americana. Bem, o boato foi confirmado. A empresa Sony Sports, que se apoderou do Guará, já que este não foi criado como um clube empresa, confirmou que recebeu uma proposta de Americana e a está estudando. Isso já enfezou uma cidade. Só que ao contrários das anteriores, isso acabou enfezando duas cidades. Americana já possui um clube, o tradicionalissímo Esporte Clube Rio Branco. O Rio Branco vive uma crise financeira sem precendentes, culpa de administrações incompetentes e corruptas. Tendo como base o desempenho da equipe no Paulistão desse ano, a diretoria dispensou uma empresa, a Talent's (que havia montado o elenco vice campeão da Série A2 do ano passado), apenas para ficar com a renda das transmissões televisivas. Montou um time medíocre, caiu para a Série A2 de novo, e ninguém viu o que aconteceu com esse dinheiro. Pior, um dos antigos presidentes é vice-presidente da FPF. Jogo de interesse na política do futebol paulista. A crise é tamanha que o clube teve de leiloar sua sede social, a qual estava praticamente abandonada pela atual diretoria, sendo utilizada apenas por mosquistos da dengue. O estádio Décio Vitta, que agora é municipal, não foi liberado pelo MP para o Campeonato Paulista por falta de estrutura. E quando se fala em diretoria, fala-se do conselho. Como assim? A diretoria do Rio Branco tá rachada; alguns diretores querem pagar as dívidas, alguns conselheiros querem licenciar o time do profissionalismo, entre outras coisas.
Resumo da ópera; em Guaratinguetá a prefeitura negocia com a empresa para manter lá um time que foi fundado pela própria cidade, e a empresa que gere o time, a Sony Sports, está vendo de ir para Americana, pois lá terá melhores condições, pois empresários e prefeitura estão dispostos a investir num novo clube e deixar o Rio Branco às moscas, sendo que muitos que estão na prefeitura colaboraram diretamente para a atual situação do time de Americana.
Nessa sexta feira, dia 24, torcedores do Guaratinguetá sairão do Vale do Paraíba em direção a São Paulo, para pressionar a FPF, visando assegurar a permanência do Guará em sua cidade. Só que a entidade já sinaliza a aprovação de um projeto de um novo clube na cidade, a Associação Desportiva Mantiqueira, que se efetivada, irá disputar a Segunda Divisão do Campeonato Paulista. É engraçado ver que os diretores da FPF pensem que uma cidade vai trocar um clube pelo qual batalharam para que ele estivesse onde está agora por outro que i
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