quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Enquanto isso, em Roraima

Não sabemos de muita coisa, mas temos uma certeza; o Campeonato Roraimense não é dos mais divulgados. Quando muito, um poster do time campeão do ano, naqueles "Especiais dos Campeões", e com sorte, veremos o nome dos jogadores. Orgulhosamente, podemos afirmar que nem esses entreveros podem nos impedir de acompanhar esse certame, ainda que de maneira mambembe, pois se não dificuldades insuperáveis, não são pequenas muretas.

Mas infelizmente, podemos não ver um Roraimense 2012. Esse ano, o campeonato foi extremamente curto; foi de 2 de abril à 11 de junho, e o campeão foi o Real, a primeira equipe de fora da capital que foi campeã, ou melhor, a primeira equipe de fora da capital a jogar o torneio. A duração do certame foi curta por uma série de fatores; são poucos clubes, mas especificamente, 10 ;Real, São Raimundo, Roraima, Náutico, GAS e Rio Negro, levando-se em consideração que Baré, Ríver e Progresso não puderam disputar a edição 2011. Como a maioria dos clubes é de Boa Vista (somente Real e Progresso são do interior do estado) todas as partidas do torneio foram disputadas em apenas um estádio, o Raimundo Ribeiro de Souza, o Ribeirão, com capacidade para 3,000 pessoas. Além disso, todos os clubes dependem de uma ajuda do governo estadual, mais especificamente, R$20 mil mensais. Como o governo não ajudou, os 3 clubes citados não puderam participar do estadual, e além disso, nenhum clube do estado se dispôs a entrar na Série D, lembrando que a CBF não ajuda em absolutamente nada esses clubes.

Não estamos cobrando o governo do estado de Roraima. Achamos que é muito mais importante destinar essa verba em outros pontos, como saúde e educação, ajudando os clubes no que for possível, como facilitar o uso de estádios municipais, divulgação, e algumas coisas mais nesse sentido. Mas cobramos por quê o governo prometeu que iria dar, e se apenas por um bom motivo, como aplicar esse dinheiro em uma área vital, que cumpra sua promessa. Mas isso é apenas a ponta do iceber; essa prática não seria necessária se a CBF desse atenção a essas competições.

Nessa história, o principal prejudicado é o torcedor, que deseja ver partidas dos clubes de sua região, mas que acaba não conseguindo por situações como essa. Esse é o projeto da CBF? Essa é a intenção dos grandes meios de comunicação, em excluir a maior parte dos clubes e envolvidos em benefício de uns poucos? Mas não importa o quanto tentem acabar com o futebol, ainda defenderemos o futebol para todos, o mais inclusivo possível.

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